Questões

Gorda, magra, alta, baixa, com celulite, sem celulite,....

Há uma extensa lista de características e atributos a que prestamos atenção quando nos olhamos ao espelho.

Infelizmente, não nos centramos tanto para descobrirmos o que somos e temos, mas sim para imaginar o que verão os outros quando colocarem os seus olhos em nós.

Por isso, tantas vezes nos limitamos porque na verdade não vivemos de acordo com as nossas directrizes interiores, mas de acordo com as dos outros, nem vivemos para realizar os nossos sonhos mas sim para realizar os sonhos que nos dizem ser os melhores.
Já aconteceu a alguém chegar a uma altura da vida em que não consegue responder à questão: Que quero eu?

Bem, eu já estive nessa fase. Às vezes, clarifico as minhas ideias apenas para ficarem turvas pouco tempo depois.

Pesa imenso viver de acordo com as expectativas de outrém. E uma vez que nunca sabemos o que de facto os outros idealizam como perfeito, estamos condenados a ficar sempre aquém.

A aceitação começa dentro de nós mesmos com o conhecimento do nosso lado bom e menos bom, qualidades e defeitos, pontos fortes e pontos fracos. Às vezes não se trata tanto de perceber se uma ação é certa ou errada, mas percebermos quem somos.
Quem sou eu? Eu no meu íntimo, na minha essência? Não este corpo, não este cabelo, nem o comprimento dos meus dedos, nem a minha estrutura óssea, mas aquele centro onde reside a minha personalidade, a minha luz interior, o meu candelabro? Aquele algo inalterável que me tem acompanhado ao longo de vidas e vidas de existência?

Sei por experiência que é doloroso quando olham para nós mas não nos vêem, não vêem o verdadeiro “eu”, mas talvez a mudança deva começar por nós mesmos se nos predispormos a começar a ver os outros de uma forma diferente. Colocar de lado as aparências e prestar atenção às pequenas coisas: um sorriso, uma palavra, um gesto,...

Ver para além do visível!

Ver o verdadeiro!

Chegar por fim ao destino :)

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