Caminhar
É
difícil não fraquejar. E há momentos em que saímos numa fuga precipitada pelo erro
de acharmos que a solução reside na simplicidade.
Todo o
ser humano tem dentro de si um lado mais positivo e um lado mais negativo. Na
prática devemos trabalhar os dois lados: manter o lado positivo é tão
desafiante como tentar vencer o lado negativo.
À
medida que a nossa consciência se expande, vamos ficando com menos tolerância
às nossas falhas. Uma má ação não parece apenas uma má ação. Nela se começam a
sobressair as consequências. E mesmo que não vão para além de um valente peso
na consciência, esse peso por si só já mói e muito.
No
caminho ascensional que optamos por fazer, somos um misto e um conflito de
emoções. Por vezes, temerários como se estivéssemos sempre prontos para dar a
vida no campo de batalha. Mas outras vezes, frágeis como uma criança pequena
que se esconde atrás das pernas do progenitor olhando apenas por instantes, com
os seus tímidos olhos, com uma curiosidade quase ingénua.
Não há
caminhos fáceis nem respostas dadas à priori! Passamos, inclusivamente, muito
tempo a colocar as perguntas erradas, como se olhássemos apenas para a pele e
não nos atrevêssemos a olhar para o que se encontra por baixo dela.
O
caminho faz-se caminhando (dizem-me)! Cada um a seu ritmo, respeitando o seu
tempo.
Ainda
que possa ser doloroso aceitar isto, muito mais doloroso será não aceitar. É o
mesmo que tentar apanhar o vento com as mãos. Que tarefa mais inglória!
Por
isso é preciso caminhar, caminhar e caminhar... até onde os nossos pés nos
conduzam.
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