Ponto de retorno na espiral
Os dias estão a ficar maiores. As minhas caminhadas vão deixando de ser feitas na escuridão total. O céu pinta-se de um azul lindíssimo que tento captar com a máquina fotográfica do telemóvel.
Presto atenção a cada pormenor. Ao olhar para trás vejo ao longe as Amoreiras como nunca as vi antes. Parece uma cidade futurista encrustada num monte.
Sou acompanhada pelos meus pensamentos.
Concluo que há uma enorme probabilidade de ter encontrado o ponto onde tinha ficado num outro tempo. Como se me recordasse:
"Já me lembro de quem sou. Já me lembro de onde tinha ficado."
O meu passado deixa de ter 39 anos de existência e passa a um número indeterminado e que não pode ser medido pelas convenções.
Sou grata pelo caminho que fiz e mais grata ainda pelo caminho que faço.
Em registo fotográfico, o que os meus olhos observaram hoje:
Comentários
Enviar um comentário