Da dependência e outras coisas
A dependência tem muito que se lhe diga. Não estando particularmente familiarizada com o programa de 12 passos dos alcoólicos anónimos, lembrei-me disto quando refleti sobre a dependência e obsessividade emocionais. Dei-me conta de como entramos tantas vezes em padrões destrutivos e vícios que não passam necessariamente pelo álcool, sexo e drogas, mas que podem ser igualmente nocivos.
Falo do foco excessivo em determinada pessoa e/ou emoção que, no fundo, servem para colmatar o nosso vazio ou até, de certo modo, suavizar a repulsa que sentimos por nós mesmos.
Não sei se falo disto por experiência ou não. Sempre tentei racionalizar as minhas emoções. E sentir algo por alguém é normal e até desejável. Mas quando não somos a nossa própria prioridade e, sucessivamente, nos relegamos para o segundo lugar, talvez haja algo de muito errado.
Há uns tempos li um livro intitulada "Mulheres que amam de mais." Na verdade, até são mulheres que amam de menos e não fazem a mínima ideia do que é realmente o amor, porque também nunca aprenderam como é que isso se faz. A dada altura a autora refere:
Fun fact: Quanto mais nos esforçamos por aparentar algo que não somos, mais rápido seremos apanhados(as) na curva. E isto acontece porque, no fundo, não conseguimos negar a nossa verdadeira essência durante muito tempo. Não dá! Não é possível! É como querer parecer boazinha demais e há um dia em que nos passamos da marmita, e desatamos a injuriar pessoas que nem percebem porque motivo o estamos a fazer.
Ok, talvez este seja um esforço meu em entrar em honestidade comigo mesma em 6 passos:
- Retira a necessidade de aceitação!
- Retira a necessidade de que sejam as outras pessoas a reconhecerem o teu valor!
- Retira a importância excessiva que colocas no outro e transfere para ti!
- Reconhece-te como um ser altamente merecedor de amor por ser exatamente quem é e como é!
- E vê-te nesse esplendor de paz interior, amor próprio e genuinidade...
- E já agora, maravilha-te também...
[Parece-me bem 😊]
(1) "Mulheres que amam demais", Robin Norwood. A versão em pdf pode ser facilmente encontrada na net.
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