A olhar para cima
O meu grande compromisso é para comigo mesma.
E o novelo vai ser desfiado… Os nós são desembaraçados…
Que grandioso trabalho
aquele que é executado pelas nossas próprias mãos!!
E camada a camada, a pele
etérea é renovada. Escamas de um passado repousam no fundo do oceano. A água já
não é negra, mas azul como a cor do céu num dia de sol.
Os olhos já não olham
para baixo, mas para cima.
E eu, nesta sucessão de lutas internas, deixo de ser observada para passar a
observar.
À medida que a lua míngua, vou acalmando. Mas não é uma calma inerte, nem uma calma que não encerre em si mesma o renascimento e o parto de mim mesma.
Há ação na
paragem, há criação no repouso. Há vida...
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