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A mostrar mensagens de 2021
Final de ano
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Véspera de final de ano. Gostaria de deixar registado algum pensamento mas confesso que não me sinto minimamente motivada. Sinto um cansaço físico e emocional que me faz deitar cedo e ter imensa dificuldade em me levantar de manhã. Tudo o que poderia dizer sobre 2021 ficou escrito ao longo deste blog. Aprofundei-me no xamanismo, descobri o meu poder intuitivo e enfrentei algumas das minhas emoções mais densas. Não foi mau nem bom. Foi o que foi. Retomei algumas das minhas caminhadas e fiz imensa introspecção. Tudo o resto é tão subjectivo que não creio que mereça a menção. Deixo duas fotos tiradas por mim esta segunda-feira, em jeito de conclusão. A primeira mostra uma árvore desnudada. Faz-me pensar na capacidade inata que a natureza tem de se desprender sem medos. Reparem como os ramos das árvores perdem toda a sua folhagem porque sabem que, no momento certo, nasceram novas folhas. A flor da segunda foto foi apanhada por mim em Xabregas. A pobrezinha estava caída no chão mas, ai...
Natal
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O Natal chegou em família, como deve de ser. Doces sem restrições ou peso na consciência e copos bem cheios de tinto. Sou grata por ainda poder festejar com os meus. Este é o lado luz. Na sombra mantenho laços que não quero manter, palavras que não quero proferir, situações das quais desejo, do fundo da minha alma, sair. Talvez seja este o pedido mais verdadeiro que sai de mim em direção ao divino. O desapego, o deixar ir. Que 2022 me solte, me faça mais leve, despreendida. A par disto lembrei-me ontem, a caminho da terra natal, de como sentia pena das vidas que eu não entendia. Hoje a minha vida é semelhante a essas e percebo as falácias do meu pensamento antigo. Não há pena. O ser humano adapta-se às circunstâncias da sua vida mesmo que para os outros, e para si inclusive, possa ser estranho como poderá haver felicidade em certos destinos. A verdade é que há felicidade quando vemos a vida pelo que ela é e não pelo que achamos que deveria de ser. A felicidade é o momento não o prog...
Dear God
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Dear God, please let me be free from bad memories, from the hate and sorrow. Please help me to release my blind expectations. I wanna be free. To look at the sky, to view the trees, to breathe the nature and feel content. I let go of what is not for me and doesn't do me right. I move forward into my destiny. Dear God, thank you.
Tempo
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A sabedoria popular diz-nos que o tempo cura tudo. Se há uma situação que te causa dor o tempo curará. Se há uma lembrança que te causa dor o tempo curará. Na verdade, o tempo não cura. O ser humano é que cresce, muda, evolui, prossegue e adapta-se às circunstâncias que vão surgindo na sua vida. Torna-se mais forte, mais consciente. O seu pensamento muda, as suas emoções mudam, as suas prioridades mudam. O tempo não cura. O tempo dá-nos sim o tempo necessário para nos curarmos a nós mesmos. E a propósito de cura, que curaste tu no último ano? Que estás dispost@ a deixar para trás, a deixar ir, a abrir mão? Que ideias e certezas estás disponível para questionar? Que capacidade desenvolveste em ti para te abrires ao novo?
Braço de Prata, Natal e outros desabafos
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O Natal aproxima-se mas não estou com qualquer espírito da época. Não me maravilho com as ruas iluminadas, não me comovo com as músicas natalícias. Cansa-me o barulho, os supermercados cheios, o consumismo exacerbado. Vejo mais beleza na chuva que cai do que em tudo o resto que se passa diante dos meus olhos. Eu não sou daqui. Digo-o sem qualquer sentido esotérico. Sinto-me uma estranha, uma viajante de fora que já não se esforça minimamente por encaixar no espaço onde veio calhar. No Domingo fui caminhar por Braço de Prata. Por momentos, não vi ninguém. Parei num cruzamento e perante a ausência de gente, fechei os olhos e ouvi apenas o vento que soprava. Não sinto que esses momentos sejam, necessariamente, os melhores da minha vida, mas parecem-me os únicos momentos reais. Se pararmos para pensar, a nossa jornada de alma aqui é quase sempre solitária. Os nossos demónios são os únicos que teimam em não nos largar. Tudo o resto vai e vem, como nós também fluímos no tempo até ao dia em q...
People's pleaser
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Há uns meses chamaram-me de people's pleaser . Soltei um "pois" em concordância. A constatação daquele momento tinha sido validada por mim algum tempo antes. Tenho alguns posts de 2019 e 2020 que mostram o que uma people's please faz quando não quer ser mais uma people's pleaser . Mas comecemos pelo início. Todos nós, sem exceção, queremos amor, amizade, reconhecimento e validação. Por mais que nos digam (e bem!) que esse processo deve começar em nós e por nós próprios, não podemos ignorar o facto de que, enquanto seres sociais que somos, o que vem e quem vem de fora continuam a desempenhar um papel preponderante. Nessa busca pelo amor e aceitação, vendemos de nós a imagem que achamos que nos fará ser aceites. Porém, a vida não se coaduna com o que não seja pela nossa autenticidade, ainda que nos dê o livre-arbítrio de vivermos, quanto baste, dentro ou fora das nossas ilusões. E por isso encontraremos circunstâncias, momentos, eventos, pessoas que nos farão ques...
Ecos
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Ecos da noite! Um quarto de lua a encher! Ela vigia-me, minha Mestre do espaço, guia-me por entre os caminhos que a minha Alma dita. Vou para onde tenho que ir. Vou por onde sou chamada a seguir. Penetro na sombra antes do vislumbre da ténue chama artificial do candeeiro de rua. Os meus passos silenciam-se para que a escuridão comunique os seus segredos. Oiço-os, mas não com os ouvidos. Quando o meu coração aquece, sei que compreendi. Não há palavras! Não há símbolos! Há o sentir o invisível nas fendas do visível, tão mais real é o que sentimos do que o que vemos.
"Render a vontade ao que somos" [Excertos]
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"Quem se entrega à sua natureza íntima, deixando-o dirigir a sua vida, aproxima-se inexoravelmente do seu Ser Superior ou Supraconsciência, self ou Faísca Divina, que está perfeitamente sintonizado com a Totalidade e acaba por viver o êxtase de ser canal da Divindade. Não há dúvida de que este é um caminho de sofrimento do ego que inventará infinitas ilusões para não ser desativado. Precisamos de estar atentos para não perdermos a voz do coração. Neste caso, a dor do ego (1) pode passar quase despercebida perante a plenitude e a gratificação profunda que se obtêm quando nos entregamos à Existência. (...) A fonte da dor não provém de não ser o que pensamos que temos de ser, mas de não querer ser o que realmente somos. Em vez de pôr a vontade no que não somos, a questão é render a vontade ao que somos. A única responsabilidade é ser honesto consigo mesmo neste ponto." Veet Premad (1) - Neste caso o autor interpreta ego como máscara . (Nota 8Alaya) (2) - Imagem: Estátua de Hera
Respiro fundo e fecho os olhos
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Respiro fundo e fecho os olhos. Deixo que o fluxo emocional abrande. Deixo que a mente se acalme. Nada do que sinta, nada do que pense é de facto relevante no mundo da ilusão. O que é importante não está sujeito a regras, a clichés, a inverdades. Busco-me, eu mesma sem acréscimos exteriores que nada acrescentam ao meu interior. Respiro fundo e fecho os olhos. E confio no fluxo da vida, na água dos riachos, no sol cujos raios espreitam por entre os ramos vazios das árvores, no vento nórdico que faz gelar a ponta do nariz. E imagino cada projeção, cada insegurança, cada carência a descer até aos meus pés e a ficarem no chão por onde passei mas de onde não passarão. Sei-o porque a Terra é minha mãe, o Céu é o meu pai e a Lua minha irmã. Estou de passagem e um dia voltarei a casa, despida de tudo o que não é e plena de tudo o que sempre foi.
Retorno
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Vim passar uns dias de férias. O voltar à família faz-me crer que há coisas que não mudam. Por um lado, agradeço pelo que tenho. Por outro, acabo por encontrar sempre a minha menina interior, e isso não é fácil. Está nela o meu passado, o meu Eu que queria crescer rápido de mais, mas que encontrou um processo moroso. Cronos é implacável. Há que aceitar com a mesma maturidade que ele próprio exige. O seu frio estrutura o meu ser interior e, se bem que o calor da estação em que a minha alma escolheu nascer tente entrar, encontra frequentemente barrada o seu trajecto. A vida puxa-me de sul para norte e eu bem tento ir, mas quase sempre com pouca vontade. Nos últimos meses, e em diversas circunstâncias, vi espelhadas partes de mim que tive dificuldade em reconhecer. Sou isto mas quiçá preferisse ser aquilo, não sendo propriamente claro o que é "isto" e o que é "aquilo" e qual a diferença entre ambos. É o meu eterno retorno a uma velha questão de querer definir e assumir...
Dia 21
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Vou contar-vos uma história. Imaginem uma criança que, por circunstâncias da sua vida, cresce a achar que quanto mais der de si mais receberá. Imaginem uma criança que deseja tanto o amor e a aceitação dos outros que veste a imagem da "boa menina". Quando cresce, esta "boa menina" mantém esse padrão, não só dirigido aos familiares mais próximos, mas também aos primeiros amores. A disponibilidade, amabilidade, gentileza, compreensão, parecem-lhe ser o que tem de existir em si mesma para que os outros a vejam. Até que um dia a vida confronta-a com outra possibilidade. Aqueles que usam uma máscara quase oposta à sua vão conseguindo aquilo que ela sempre desejou ter mas que nunca conseguiu, apesar de usar a máscara que ela considerava ser a certa para almejar conquistar os seus intentos. Nesse dia, ela recolhe-se, retira a máscara gasta pelo tempo, segura-a entre as suas mãos, enquanto uma lágrima lhe escorre pelo rosto. O coração dói-lhe. Decide colocar uma nova....
Dia 20
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Dia 20, véspera de Sábado, véspera do dia 21 dos meus registos. Supostamente são precisos 21 dias para implementar novos hábitos. O desafio a que me propus ficou logo pelo caminho, mas como confio imenso na vida, deixei que os dias seguissem o seu rumo natural para a eventual aprendizagem do que me fosse necessário. Cheguei então ao dia 20, dia de reflexão sobre O Pendurado pela voz e conhecimento do fantástico Veet Premad. Recebo estas partilhas como eletricidade que me desperta e me acorda ! Sugiro este estudo a todos, até para descrentes no tarot, desde que não sejam descrentes da vida.
Dia 19
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Quem és tu? Quem és tu que vens no frio da madrugada? Quem és tu que te lembras de estradas de terra batida e de um tempo noturno em que olhavas para o céu? Quem és tu que te despes, te desmaquilhas e te despojas do que sabes não ser teu? Quem és tu que abandonas a máscara? Quem és tu que vives, morres e voltas a viver? Quem és tu que pedes tréguas à mente e dedilhas com os dedos as palavras que vertem do coração? Quem és tu que te curvas e reverencias a terra de onde foste soprada? Quem és tu que sobe aos cumes da árvore sagrada e estica os dedos em busca da mão de Deus? Quem és tu que quando não sabe sente? Quem és tu que quando não sente intui? Quem és tu que quando não intui é? Quem és tu?
Dia 16
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Está frio, muito frio. O frio sente-se na pele e na alma. Mas a pele pode ser tapada, coberta. Já com a alma são outros quinhentos. Os meus sonhos desta noite levaram-me novamente para onde não quero ir. Quando acordo, resta o vazio. Gostaria de retirar partes do meu coração, mas não é possível. E ainda que me custe admitir perante o mundo o que sinto, não posso não admiti-lo perante mim mesma. Já alguma vez aconteceu quererem tanto algo de que fogem ao mesmo tempo, só pelo desconforto emocional que sentem? Convenhamos que na prática eu não fugi. Apenas aceitei a ausência como um mal menor. E de facto é um mal menor. Talvez por esse mesmo motivo a solidão me seja tão confortável e tão cómoda. Hoje, a caminho de Lisboa, refleti na minha própria contradição. Quis tanto que me vissem, mas ao mesmo tempo não quis e não quero ser vista. Quero mostrar o melhor, ocultando o pior e às poucas pessoas que mostrei o pior quis que se agarrassem apenas ao meu melhor. Desejei ser o suficiente,...
Dia 14
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Sábado. Dia de descanso, de pijama, manta e aquecedor. Questiono a minha fé, o meu sistema de valores. Não digo que "não é assim" mas admito possibilidades, "e se não for assim". Vejo então, de forma crua a minha submissão. Tenho caminhado a achar que me afastava daquele modelo interior caótico de 2014, para descobrir que vou ao encontro do mesmo, apenas mudando os intervenientes. 7 anos passaram, mas talvez muita coisa ainda não tenha passado em mim. Lembro-me entretanto que hoje, ao vir para casa, parei para admirar os campos de verde e castanho. Parecia que estava a olhar para uma pintura. Aquilo em que acredito é o que me faz prestar atenção ao que me rodeia, à beleza que me circunda. Estarei assim tão equivocada? Se não houver o espírito, que interessa a matéria em si mesma?
Dia 12
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São 13h34. A EMA anunciou a aprovação da vac$na para crianças dos 5 aos 11 anos. Hoje também é o dia em que o Primeiro Ministro irá informar sobre as novas medidas considerando o aumento de casos nas últimas semanas. O mundo está a tornar-se num sítio perigoso. Já o disse outras vezes. Já senti isto outras vezes mas nunca num grau tão profundo. O mundo é um sítio perigoso fruto da ignorância, do medo e da intolerância. De um ponto de vista sociológico é interessante perceber como a população reage de forma tão semelhante ao que vem descrito nos livros de história sobre a Idade Média. É uma verdadeira caça às bruxas para que estas (e estes) ardam nas chamas da opinião pública. Não posso dizer que estou triste. A história repete-se e, se virmos bem, a humanidade não evoluiu assim tanto. Continuamos a buscar fora aquilo que julgamos que irá acalmar o vazio interior e continuamos a apontar o dedo ao outro pela nossa grande incapacidade em lidarmos com as nossas próprias sombras....
Dia 10
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Ontem saí do trabalho sem saber muito bem para onde ir. Não me apetecia ir para casa. Apesar de estar um frio de rachar, aventurei-me pelas ruas escuras por onde, há dois anos, seguia caminho quase semanalmente. Já tinha passado várias vezes perto da Basílica da Estrela mas não me lembro de lá ter entrado, até ontem. A minha mãe tem um fascínio por igrejas e capelas, algo que talvez eu nunca venha a entender. Mas é um facto que naqueles espaços se sente uma paz e tranquilidade enormes. Caminhei lentamente, observei com atenção a cúpula e "falei" com Santa Teresa. Questionei porque se sacrificou pelos outros. Não sei porque lhe perguntei tal coisa considerando que, inclusivamente, desconheço por completo a sua história de vida. A minha mente e o meu coração acabam por tocar em pontos sensíveis da minha alma. Não percebo por que temos de dar aos outros quando recebemos tão pouco em troca. Não percebo por que se promove tanto a ideia de bondade e altruísmo, se depois saímos de ...
Dia 9
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Segunda-feira chegou. Caminhamos a passos largos para o fim do ano. Tenho fé e esperança. O meu mundo interior vai-se revestindo de luz e energia e recorro a ele sempre que preciso. Tenho pensado imenso na minha vida, no meu crescimento e na minha aprendizagem. Depois de tanto tempo a lutar contra a maré, estou apenas a deixar-me ir, sem resistências. Fora os momentos em que a TPM liberta a minha Kali, de uma forma geral vou estando mais calma e mais centrada. O meu desejo atual é o de me desfazer de alguns objetos, roupa e acessórios de que já não precise. Tenho coisas em demasia, em excesso. Bugigangas a ganharem pó, a não serem usadas, que representam uma energia estagnada. Não preciso de energia estagnada. Pretendo também uma vida mais simples, com menos. Menos fora de mim e com maior consciência dentro. Não posso afirmar com 100% de certeza que entendo o que a vida pretende de mim mas sinto, do fundo da minha alma, que será algo aproximado ao que estou a pretender fazer. [Entretan...
Dia 7
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Não sei se foi em sonho ou se estava desperta. Sei apenas que esta manhã, por uns instantes, tive um momento de clareza. Havia uma voz dentro de mim que me dizia que só ultrapassamos a dor com a aprendizagem. Nesses minutos propus-me a duas coisas. Descer do pedestal onde, com maior ou menor consciência, eu me coloco e não ter medo em mostrar a minha vulnerabilidade. Mentalmente escrevi um rascunho de carta onde comecei por admitir que tenho demorado imenso tempo a curar algumas feridas e apenas naquele momento em que colocava as palavras no papel, sentia ter havido uma abertura da minha parte para pedir perdão. Estas são as cartas que talvez nunca envie e talvez o maior pedido de perdão seja aquele que terei de dirigir a mim mesma. Ao longo da reflexão apercebi-me, igualmente, de que não existem castigos exteriores. Se há um castigo, ele reveste-se, claramente, da dor que sinto, que ninguém me obriga a sentir, mas da qual eu tenho dificuldade em me libertar. Talvez por isso seja ...
Dia 6
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Chegámos à lua cheia em touro com eclipse lunar parcial. A Mónica perguntava-me hoje de manhã se me sentia diferente. A rir respondi: "sinto-me como sempre me sinto." Não há estranheza diferente da habitual. Dizem que os céus estão em chamas. Segundo Hermes Trismegisto, "o que está em cima está em baixo", ou seja, o que se manifesta no universo manifesta-se, igualmente, dentro de cada homem. Talvez assim seja, e talvez também a humanidade esteja em combustão, levada, sobretudo, pela ignorância. Também eu me assumo como ignorante. Afinal, que sei eu da vida? Os números da covid19 [aquele tema do qual não gosto muito de falar] estão a aumentar. Há uma maior pressão para os não-vacinados de se vacinarem e há, claramente, uma maior intolerância. Dos dois lados, devo dizer! Atualmente vejo este plano em que nos encontramos como um campo de batalha, cada um a puxar a corda para o lado em que escolheu ficar. Quanto a mim, apenas sei que tenho mais dúvidas do que certezas. ...
O mundo que temos
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Um dia escreverei sobre isto. Hoje não é esse dia. Deixo apenas, para memória futura, registo do que atualmente se escreve na comunicação social. A saber, não sei exatamente onde está o certo e o errado, mas sinto que caminhamos mais para a separação do que para o coletivo. Pegando num comentário que li há uns meses de um anónimo, "o ditador esconde-se dos dois lados."
Dia 4
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Ando em conflito comigo mesma, é um facto, sobretudo na forma como me apresento. Não vejo este conflito necessariamente como algo mau. Reconheço-o como um vislumbre das várias máscaras que vão oscilando e eu, de certo modo, busco por uma definição de qual delas estará mais próxima da essência. A questão é: qual é a minha verdadeira essência? Imaginem que há um momento na vossa vida em que decidem que, de agora em diante, querem ser o mais fiel possível a vós mesmos, mas como ainda não sabem bem quem são, não conseguem perceber onde reside essa autenticidade. Pois bem, assim sou eu neste momento da minha vida! E se bem que queira andar invisível durante o processo, também começo a perceber que ainda procuro o reconhecimento exterior mesmo que seja dessa minha invisibilidade. Ou seja, parece que muda muita coisa mas no fundo não muda nada!
Dia 3
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Ontem fui caminhar um pouco a seguir ao trabalho. Percorri a D. Maria Pia até Alcântara, um percurso de que gosto imenso mas que já há algum tempo não fazia. Senti-me incrivelmente bem, quase a ser envolvida pela noite agradável de Novembro. Tentar descrever em palavras o que senti naquela hora é retirar-lhe encanto porque há tanto que não pode ser verbalizado, apenas se exige presença no momento. Sei que sou estranha pelas coisas que valorizo, pelo que me faz estar bem. Mas pouco me importo com isso. Talvez ninguém tenha realmente conhecido a verdadeira Lídia e talvez por esse mesmo motivo também nunca tenha sido aceite por quem sou verdadeiramente. Isso também já não tem muita importância para mim. Como li há dias: "A pior solidão é aquela que nos ausenta de nós mesmos." Não se trata de como nos veem. Não se trata sequer de verificar se somos vistos. Mas sim, quem somos connosco próprios e em que ponto nos permitimos a viver na nossa verdade. Dito isto, sou capaz de jurar q...
Dia 2
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Esta noite sonhei com água, imensa água. Há três momentos distintos: - Cozer alimentos em água; - Lavar roupas em alguidares repletos de água; - O meu afogamento numa praia. Ao longe avistavam-se barcos com um formato estranho. Em cada um encontravam-se indivíduos sem cabelo e com túnicas pretas, uma vestimenta semelhante à que eu envergava na minha "morte" simbólica de há alguns meses. (ver Tubarão (8alaya.blogspot.com) ) Tenho uma vaga memória da casa onde decorreram as duas primeiras cenas: um candeeiro no canto com pouca iluminação, o chão com tábuas de madeira, uma cama de ferro branca, objetos - que não consigo propriamente identificar - em tons de cor de rosa. Ou seja, um quarto de menina. Havia lá alguém! Uma rapariga que estaria a mudar-se daquela casa. Já na praia, recordo-me que estava com a minha irmã. A dado momento ela grita a alertar-me para aqueles indivíduos estranhos que chegavam pelo mar. Sou levada pela água. Como da outra vez, no meu sonho tenho pl...
Dia 1
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Sinto a tensão em mim. Ontem acordei e adormeci várias vezes e sempre os meus sonhos eram percorridos pelas mesmas pessoas e colocados em evidência os meus medos. O cansaço era grande quando finalmente me obriguei a despertar e parecia não ter dormido tantas horas. Não consigo fugir. Não consigo fingir. Nem quero. Aceito os meus cuidados paliativos enquanto me falta a energia. Ela voltará a seu tempo. Reconheço alguns dos meus padrões. Tivesse eu mais amor próprio não me sujeitaria a tanta merda! Mas chega de me afirmar como aquela que busca a verdade mas apenas enterra a cabeça na areia como uma avestruz. Não mais! Retiro-me do palco que virou comédia e desço pelas escadas em silêncio. E não se pode dizer que me custe assim tanto.
Silêncio
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Esta noite os sonhos trouxeram-me o passado envolto em desejos. Nem me quero lembrar! A falar com uma amiga minha, ela alertava-me que vivemos um tempo em que somos obrigados a enfrentar situações que ainda não estão resolvidas. Acho que isto é o que mais me custa. O querer avançar e o saber que ainda levo a reboque muito entulho. Adoro esta estação, já o disse antes, mas começo a aperceber-me que Novembro e Dezembro são os meses em que, por norma, as minhas emoções mais afloram e, verdade seja dita, não me apetece lidar com isto. Não me apetece lidar com o que eu acho que já devia ter conseguido ultrapassar. Tristeza não é propriamente algo que se manifeste em mim. Valha-me isso! A minha fé na evolução humana é forte. Ainda assim, saber que o meu tempo é este e que a urgência que sinto não acelera o meu passo, custa-me! A sério. Há dias em que me custa mesmo! Já alguma tiveram a sensação de terem a verdade à frente dos vossos olhos e, simplesmente, não conseguirem ver? De estarem...
11:11
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Faltam menos de dois meses para o final do ano. Astrologicamente tenho lido que estes meses vão ser desafiantes. Hoje temos o portal 11:11, dia 19 teremos uma fortíssima lua cheia e em Dezembro ocorrerá a quadratura exata entre Úrano e Saturno. Como cada um de nós viverá os seus efeitos, só o futuro o dirá. Por ora sei apenas que sinto diariamente o frio a entranhar-se nos ossos e tenho tido maior dificuldade em adormecer. Se já era antissocial, ainda estou mais, sem qualquer peso na consciência. As minhas hormonas deixam-me dormente, num quase estado de letargia. As minhas companhias são os livros, os áudios e as minhas gatas. Sairei deste marasmo, acredito! Mas não agora. Numa altura em que tantas frechas estão abertas e os véus que separam os planos parecem tão ténues, apetece-me selar portas e janelas por onde possa entrar qualquer poeira mental. A ignorância impera. O medo impera. Não são bons sintomas sociais. A contragosto vou-me esforçar por caminhar, para que no silêncio do en...
Vou contar-te um segredo
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Vou contar-te um segredo. Frequentemente, os outros projetam em nós a sua frustração e dor através das palavras cruéis que nos dirigem. Pode parecer que estão a falar de nós, mas, na verdade, estão a falar deles próprios. Não pretendo desvalorizar o peso que tais palavras podem ter no nosso âmago, mas, aceitá-las enquanto verdade, é uma escolha unicamente nossa. Não deixes que os outros te façam sentir dor alheia, aquela dor que eles próprios não estão dispostos a curar.