Silêncio

Esta noite os sonhos trouxeram-me o passado envolto em desejos. Nem me quero lembrar!
A falar com uma amiga minha, ela alertava-me que vivemos um tempo em que somos obrigados a enfrentar situações que ainda não estão resolvidas. Acho que isto é o que mais me custa. O querer avançar e o saber que ainda levo a reboque muito entulho. 
Adoro esta estação, já o disse antes, mas começo a aperceber-me que Novembro e Dezembro são os meses em que, por norma, as minhas emoções mais afloram e, verdade seja dita, não me apetece lidar com isto. Não me apetece lidar com o que eu acho que já devia ter conseguido ultrapassar.
Tristeza não é propriamente algo que se manifeste em mim. Valha-me isso! A minha fé na evolução humana é forte. Ainda assim, saber que o meu tempo é este e que a urgência que sinto não acelera o meu passo, custa-me! A sério. Há dias em que me custa mesmo!

Já alguma tiveram a sensação de terem a verdade à frente dos vossos olhos e, simplesmente, não conseguirem ver? De estarem tão presos às vossas próprias ideias e projeções que parece praticamente impossível mudar o paradigma?

No meio disto tudo, procuro um caminho alternativo. Literalmente!
Dizia hoje em conversa que sempre busquei a espiritualidade, mas quando vejo demasiadas pessoas a abarcarem uma mesma ideia/rumo, começo a achar que há qualquer coisa de muito errado.
Não tenho paciência para a espiritualidade de pacote, acessível a quem tem dinheiro para pagar por ela.
Na realidade, não tenho paciência para muito do que eu própria fiz antes.

Hoje manifesto-me calada.



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