Respiro fundo e fecho os olhos

Respiro fundo e fecho os olhos.
Deixo que o fluxo emocional abrande. Deixo que a mente se acalme.
Nada do que sinta, nada do que pense é de facto relevante no mundo da ilusão.
O que é importante não está sujeito a regras, a clichés, a inverdades.
Busco-me, eu mesma sem acréscimos exteriores que nada acrescentam ao meu interior.
Respiro fundo e fecho os olhos. E confio no fluxo da vida, na água dos riachos, no sol cujos raios espreitam por entre os ramos vazios das árvores, no vento nórdico que faz gelar a ponta do nariz.
E imagino cada projeção, cada insegurança, cada carência a descer até aos meus pés e a ficarem no chão por onde passei mas de onde não passarão.
Sei-o porque a Terra é minha mãe, o Céu é o meu pai e a Lua minha irmã. Estou de passagem e um dia voltarei a casa, despida de tudo o que não é e plena de tudo o que sempre foi.



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