Natal

O Natal chegou em família, como deve de ser. Doces sem restrições ou peso na consciência e copos bem cheios de tinto. 
Sou grata por ainda poder festejar com os meus.
Este é o lado luz.
Na sombra mantenho laços que não quero manter, palavras que não quero proferir, situações das quais desejo, do fundo da minha alma, sair.
Talvez seja este o pedido mais verdadeiro que sai de mim em direção ao divino. O desapego, o deixar ir.
Que 2022 me solte, me faça mais leve, despreendida. 
A par disto lembrei-me ontem, a caminho da terra natal, de como sentia pena das vidas que eu não entendia. Hoje a minha vida é semelhante a essas e percebo as falácias do meu pensamento antigo. Não há pena. O ser humano adapta-se às circunstâncias da sua vida mesmo que para os outros, e para si inclusive, possa ser estranho como poderá haver felicidade em certos destinos. 
A verdade é que há felicidade quando vemos a vida pelo que ela é e não pelo que achamos que deveria de ser. A felicidade é o momento não o prognóstico. A felicidade tem de ser encontrada no agora, não apenas projectada no futuro. 
E sim, estou feliz. Por motivo algum. 



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