Viagem

Fecho os olhos. Acedo ao meu íntimo, vasculho nas profundezas do meu ser.
Pego num pequenino barco a remos com uma lanterna pendurada na extremidade e sigo pelo rio das veias. Ao longe chegam-me vozes como ecos de palavras ditas por mim há anos e que agora regressam aos meus ouvidos.
Há lodo encrostado nas paredes, mas também tímidos fachos de luz a quererem irromper como rebentos.
O coração bate como um tambor a marcar o ritmo da viagem.
Oiço-o a bater dentro de mim. Oiço-o a bater fora de mim. Forte, confiante. Grita-me do centro do peito:
"- É para sentir tudo, sem medos!"
Obedeço-me e sinto… tudo.








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