Gritos
Gritos surdos que bombeiam por dentro, queimam, ardem na pele escondida, provocam feridas para serem escarafunchadas pelos dedos num ato sórdido de masoquismo.
A boca não solta palavras, as palavras são sim agressivamente extraídas pelos dedos que recebem a pulsão.
Há excessos de fúria como se resultado de uma embriaguez que, no entanto, é desprovida de álcool.
Quando mensalmente o monstro é acordado no peito de uma mulher, exige-se que ele seja vivido.
E ela vive-o. Vive o monstro, torna-se no monstro, é o monstro. E dança incontrolavelmente, histericamente, excessivamente até que o corpo ceda e caia no chão. Caído no chão ela ri como uma louca, demente, sem tino, sem siso, sem discernimento. Rende-se ao que é quando ninguém [a] vê, quando ninguém [a] ouve, quando ninguém imagina os segredos que traz escondidos no coração.
Crava as unhas na própria pele, arranca os cabelos e o grito ganha voz. Por fim, uiva como uma loba selvagem.
A boca não solta palavras, as palavras são sim agressivamente extraídas pelos dedos que recebem a pulsão.
Há excessos de fúria como se resultado de uma embriaguez que, no entanto, é desprovida de álcool.
Quando mensalmente o monstro é acordado no peito de uma mulher, exige-se que ele seja vivido.
E ela vive-o. Vive o monstro, torna-se no monstro, é o monstro. E dança incontrolavelmente, histericamente, excessivamente até que o corpo ceda e caia no chão. Caído no chão ela ri como uma louca, demente, sem tino, sem siso, sem discernimento. Rende-se ao que é quando ninguém [a] vê, quando ninguém [a] ouve, quando ninguém imagina os segredos que traz escondidos no coração.
Crava as unhas na própria pele, arranca os cabelos e o grito ganha voz. Por fim, uiva como uma loba selvagem.
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