E sobe-se...

E sobe-se.. passo a passo…
Não se ouve vivalma na encosta e por momentos todos os intervenientes caminham em silêncio.
Sob a luz do sol são iguais. Sob a luz do sol somos iguais.
Destroem-se fantasias para extrair realidades, tocam-se em feridas para encontrar curativos.
A caminhada é o purgativo da dor que une quem foi a quem é, passado e presente, a menina à mulher.
- "Gostas de mim?" - pergunta-me a criança de cabelos encaracolados.
- "Sim, gosto. Lamento ter-te feito acreditar que não gostava. Durante muito tempo foi mais fácil culpar-te a ti. Pensava que responsabilizando o passado, aliviava o meu presente, mas não se cura um presente sem se curar o passado."
Olho-a nos olhos e agarro as suas mãos pequeninas:
-"Fizeste o melhor que sabias!"
Ela devolve-me o sorriso:
- "E tu fazes o melhor que sabes! Perdoa-te para que eu me perdoe."


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