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A mostrar mensagens de 2020
Rascunhos
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Sempre gostei de escrever, desde menina. Achava que tinha talento, talvez incompreendido por muitos. Recebia elogios da minha família, os meus poucos leitores, que se riam imenso com as minhas descrições pré-adolescência. Quando vim para Lisboa aos 18 anos, para a Faculdade, perdi o gosto, a vontade e o qualquer talento que eu achava residir em mim. Com o tempo voltou.... Algum gosto, alguma vontade mas pouca capacidade. Quando escrevemos para nós mesmos há uma genuinidade que acabamos por perder quando partilhamos com o mundo. Há momentos em que o mundo se torna tão assustador que temos medo de lhe mostrar o que nos vai na alma. E depois há dias em que sentimos que simplesmente não vale a pena. Estou à procura desse tempo em que eu era "genuína" para aí encontrar algo que achava ter e que considero ter perdido. Percebo a ironia! Passei anos a desdenhar do meu passado mas agora peço-lhe a ele - a esse passado onde encontrei tantas falhas - para me ajudar a recuperar algo qu...
Considerações Final de Ano
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O ano está a terminar e sinceramente não tenho grandes reflexões para fazer nem partilhas de que necessite. Aprendi qualquer coisa. Claro que aprendi! Aprendemos sempre, mesmo que seja através dos nossos erros. Mas este ano não sobressaem os meus erros, mas as minhas escolhas. Não olho para o quanto eu falhei mas para o quanto eu escolhi, e obviamente paguei as devidas consequências. Apesar do carácter pesado associado à ideia de pagamento, não me custou fazê-lo. Às vezes há ausências que doem menos do que as presenças e há perdas que nos ensinam mais do que os ganhos. Afinal, nem sempre o que queremos é o que precisamos e por vezes o que precisamos é não ter algo de fora a distrair-nos de nós mesmos. A todos, votos de um bom ano com imensa luz a abrir os caminhos interiores 🙏
Grito
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O meu coração está pesado. Reviro a sua pele como se fosse um saco e sacudo-o à espera de que dele caia algo. Voam pedaços de folhas rasgadas com a minha letra impressa. Não me atrevo a juntá-los. Não quero recolher palavras do passado nem histórias que cairam no vácuo. Foram meros disfarces para tudo o que sentia e fingia não sentir. - “Vens para agradar?” – perguntam-me. Encolerizo-me, mas silencio a voz enquanto cruzo os braços sobre o peito. … tic-toc…. … tic-toc…. … tic-toc…. [Rasgo as paredes, parto os vidros, queimo os livros, abro as janelas e grito como um animal selvagem preso numa armadilha…. Arranco pedaços de pele do próprio corpo até chegar às paredes do pequeno coração que insiste em bater. - Pára! – grito-lhe! - Não! – responde-me com uma voz cavernosa.] O grito tenebroso da minha mente acorda-me. Ali continuo sentada de braços cruzados. Minha querida besta infeliz que anseias tanto por sair e eu não deixo.
Solstício Inverno
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Celebra-se hoje o solstício de Inverno. Júpiter e Saturno estão juntos em Aquário. Não sei o que é suposto sentir. Se é suposto sequer sentir alguma coisa. Sou defraudada pelas minhas próprias espectativas. Nada que não esteja já habituada. Há um cansaço enorme que me faz recolher a casa e aos meus lençóis antes da hora. O escuro e o silêncio instalam-se e eu desejo ardentemente que o sonho me leve para outro lugar. Sinto raiva camuflada de mágoa ou mágoa camuflada de raiva. Quanto mais tento eliminá-la(s) mais forte é (são) as suas raízes. Há sentimentos que eu não gosto de sentir, mas sinto-os para meu embaraço, ou não. Por isso repito. Não sei o que é suposto sentir. Talvez não seja isto o ideal. Talvez não seja o que me eleva. Talvez não seja o que faz de mim evoluída. Mas é o que é e é o que há. Talvez disfarce o suficiente para ninguém ver. Ou talvez toda a gente veja e eu, na minha grande ignorância, me julgue capaz de esconder aquilo que o meu rosto revela sem reservas. Ta...
Cai a chuva no portal, está caindo [Lídia Jorge]
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Cai a chuva no portal, está caindo Entre nós e o mundo, essa cortina Não a corras, não a rasgues, está caindo Fina chuva no portal da nossa vida. Gotas caem separando-nos do mundo Para vivermos em paz a nossa vida. Cai a chuva no portal, está caindo Entre nós e o mundo, essa toalha Ela nos cobre, não a rasgues, está caindo Chuva fina no portal da nossa casa. Por um dia todos longe e nós dormindo Lado a lado, como páginas dum livro. Poema de Lídia Jorge, minha homónima! Em 2017, este poema preencheu outras folhas. Já me tinha esquecido. Mas o dia chuvoso de hoje inspirou-me a procurar poemas e redescobri este novamente. Quero referir apenas que gosto da chuva. Gosto dos dias de chuva. E também gosto de outras coisas que talvez não sejam para mim. Talvez a vida não me as dê. Curiosamente, às vezes sinto que a chuva são as lágrimas que eu não consigo chorar. Assim os céus choram por mim, até que eu aprenda, novamente, a fazê-lo sozinha.
Resoluções
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Estamos a chegar ao final de 2020. 2020 foi um ano difícil mas, na minha experiência pessoal, não foi dos mais difíceis. Os meses de Novembro e Dezembro têm sido aqueles que maiores desafios me têm colocado. Talvez seja esta energia violenta de Marte em marcha, ou da conjunção Júpiter - Saturno que se aproxima. Talvez nada tenha a ver com isto. Não durmo bem como era costume. Sentimentos adversos que, nos meses anteriores foram de certo modo contrabalançados com uma dose de otimismo, ganham agora força. Aceito. Não sei se era o ideal, mas não consigo fingir mais que não sinto o que sinto, que não penso o que penso e que não sou o que sou. Esta foi a minha grande conquista de 2020. Se mais nenhum motivo houver, só por este motivo já terá valido a pena. Não é altura para grandes decisões, nem eu tenho força para as tomar. Não é o momento para as caminhadas que em tempo tanto desejei. Os dias são frios e este Outono, quase Inverno, tem-nos presenteado com mais chuva do que era habitual. G...
Cinza
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Os meus sonhos esbatem-se em tons de cinza. Não me importo. Gosto. Gosto desse desenho mental a lápis de carvão e que me lembram as obras que os artistas da Baixa vão expondo nas ruas. Também os meus sonhos gostam de passear e de serem passeados. São simples e modestos. Não carecem de luxo para terem forma. E tão grandiosos eu os vejo por esse motivo.
Lua Cheia em Gémeos
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Lua cheia em gémeos. Muito se tem falado sobre a atual conjuntura astrológica nos céus e da forma como isso nos está a influenciar individual e coletivamente. Muito se tem falado na transição para a era de aquário. Não sou especialista em nenhum destes assuntos. Sou uma curiosa, interessada e acredito. Se for um sinal de loucura, aceitarei de bom grado a minha insanidade! Algo que tenho sentido e partilhado é o que chamo de desejo de autenticidade. Parar o “faz-de-conta”. Abandonar a necessidade do TER e do POSSUIR e substituí-los pelo SER. Ser-se genuíno, verdadeiro, sem disfarces mesmo que o receio da rejeição e exclusão nos amedronte. A vida é tão breve. Estamos de passagem e um dia partiremos sabendo que nada iremos levar connosco que não seja o resultado da nossa aprendizagem. Que seja por isso uma aprendizagem que nos eleva, que nos incita a sermos melhores uns com os outros e a vibrarmos numa energia de amor e de respeito próprio e mútuo! A toda a humanidade qu...
Escolho o amor e o perdão
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Escolho o amor e o perdão. Não porque sejam a saída fácil, mas porque só no amor e perdão reconheço a possibilidade de poder transformar por completo o meu mundo. O amor que começa em mim, e por mim, e depois pelos outros... O perdão que começa em mim, e por mim, e depois pelos outros... Não é egoísmo. É ser capaz de me reconhecer com alguém que encontra em si o que espera encontrar nos outros e, sobretudo, procura primeiro em si mesma antes de procurar nos outros. Somos, cada um de nós, o nosso ponto de partida. Fantástico não é?
Vulnerabilidade
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Aprendi este ano, pelos mais diversos motivos, que a cura emocional implica que se enfrente o que provocou a enfermidade. Para alguém que, como eu, criou ao longo de anos e anos imensos mecanismos mentais de auto-defesa que a impedissem de sentir, conseguir agora reconhecer, aceitar e abandonar esta guarda constante, é um desafio. Mas faz-se, por vezes a conta gotas, em escassos momentos antes de voltar à defensiva. Sentir torna-nos humanos, seres vulneráveis e é nessa vulnerabilidade, que nos escapa por vezes entre os dedos, que mostramos quem realmente somos. Digo, com alguma satisfação, que me apraz o momentos da lágrima, porque se ele existe é porque já consigo fazer algo que, ainda há bem pouco tempo me parecia tão impossível. O meu coração manifesta-se, como o bater de um tambor, com som de esperança - esperança em mim mesma - e eu sei, naquele momento, que para o bem e para o mal ainda estou viva e enquanto me for possível palmilhar as estradas deste mundo, terei a hipótese...
Não digo nada que possa interessar a mais alguém que não eu.
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Não sei o que virá deste post... Não digo nada que possa interessar a mais alguém que não eu. É um desabafo, se me o permitem. O tirar do coração um peso que se arrasta... Sempre tive um fascínio enorme pelo esoterismo e cedo procurei encontrar o meu sentido para a vida e o meu lugar no mundo. Era essencial para mim conseguir fazê-lo. Saber quem sou era a minha prioridade número um, muito antes de eu entender sequer por que o fazia. Nesta minha busca, segui diversos caminhos e procurei diversos auxílios: filosofia esotérica, yoga, tarot, leitura de aura, astrologia ocidental (e muito recentemente a védica), xamanismo, meditação... F ui recebendo informações, insights sempre tentando que eles me ajudassem/ajudem a preencher o meu próprio puzzle existencial. Hoje, enquanto escrevo isto, posso afirmar com relativa segurança que o que vou descobrindo sobre mim cresce na exata proporção das minhas dúvidas. É como se por cada entendimento a que me é permitido aceder, tivesse de pagar um ...
Descidas
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A calmaria da natureza contrasta com o meu caos interior. Gosto de calmaria mas tenho aprendido a amar também o meu caos. Já desci ao fundo do poço uma vez. Fui arrastada, forçada e fi-lo enquanto todas as minhas forças me abandonavam. É possível morrer-se e estar-se vivo? Sim, é possível. Acredito que todos nós, sem excepção, passamos por isto, uma ou várias vezes. E em cada regresso, descobrimos algo sobre nós mesmos que, até àquela altura, nos era completamente desconhecido: SOMOS MAIS QUALQUER COISA DO QUE AQUILO QUE ACHAVAMOS QUE ERAMOS. E isto é LINDO! A dor é uma merda, eu sei, mas renascer é lindo. Volto a descer ao fundo do poço, mas desta vez não vou contrafeita. Aprendi a aceitar a minha tristeza, a permiti-la, a dar-lhe tempo, a dar-me tempo para chorar o que tenho a chorar e a tornar - me mais leve nesta limpeza interior que vai sendo feita. E a sombra parece-me então tão linda como a luz porque também ela existe e faz parte de mim. E ao aceitá-la vejo-me inteira, ple...
Há dias...
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Há dias em que é apenas isto.....o silêncio. A ausência de palavras do exterior faz-me procurar a palavra interior. "Ouves?", pergunta-me a minha alma. E o silêncio instala-se em pleno, apenas interrompido pelas buzinas dos carros que recordam-me um mundo do qual hoje, só por hoje, eu não me quero lembrar que existe. Estou em retiro dentro de mim. Vejo mais quanto mais fecho os olhos. Oiço mais quanto mais me calo. Entendo mais quanto mais me deixo ir.
"Não sei quem sou, que alma tenho."
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"Não sei quem sou, que alma tenho." Começa assim o poema de Fernando Pessoa, um dos meus preferidos. Padeço da mesma dúvida. Estou em mim mas não me conheço e exijo uma genuinidade que me é estranha e que requer que deixe para trás tudo o que não sou. Mas saber quem sou traz-me tantas dúvidas como saber quem não sou. Vou tirando camada a camada... Sou a primeira a espantar-se com as incongruências. Sou estranha, sem que isso me inquiete, para aceitação de uns e repúdio de outros. Não dá mesmo para agradar a todos! Nem o pretendo! Há um consolo no meio de tudo isto, o almejado dia em que me consiga mostrar sem máscaras.
Dói-me
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Dói-me a minha insuficiência. É irrelevante se ela existe ou não. É irrelevante se outros a veem ou não. Para mim é real, intrinsecamente real como um braço ou uma perna. Acho que nunca aprendemos a viver com as nossas limitações. Aprendemos sim a disfarçar, a fazer de conta, a minorar dores. A nossa mente diz que sim e o coração segue arrastado, protegido pela razão que torna tudo muito mais suportável. E abanamos tanto a cabeça em aceitação que passamos a viver numa mentira a que chamamos de verdade. Há bem pouco tempo, uma das minhas irmãs de caminhada disse-me para deixar cair a armadura e para me autorizar a sentir. A minha mente não quer isso. Ela é paternalista, uma espécie de irmão mais velho em constante controlo daquele elo fraco que bate no meu peito. Mas ao ouvir aquelas palavras, e ao ver o olhar doce e maternal com que ela me as dizia, perguntei-me até que ponto não teria razão e não terei eu andado a fazer-me mais mal do que bem?! Tenho-me permitido, é certo, se bem...
Não pertenço a este mundo
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Tempo estranho este em que vivemos! Falta-me o ar e falta-me a liberdade. Nestes momentos desejaria fugir para o monte e lá ficar, ou ir para o mundo das fadas, como descrito nas histórias de fantasia que eu insisto em acreditar que terão algum fundo de verdade. "Nós não pertencemos a este mundo", ouvi dizer. Sei-o no fundo da minha alma e a semana passada, enquanto contemplava a lua cheia - a grande mãezona -, quis tanto que ela me levasse para um lugar em que o ódio, o medo, a vergonha e falta de amor próprio ou de amor pelo outro não existam. Impossível! O mundo está a tornar-se num espaço cada vez mais cinzento e eu cada vez tenho menos vontade em fazer parte dele. Mas insistirei... ..... como sempre.... (Imagem da net)
Novembro
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E Novembro chegou... Desejos: Não ceder ao medo 😱 Não ceder à raiva 🤬 Não ceder à ignorância 🤷♂️ Que consigamos sempre encontrar a luz no meio da escuridão! ☀️ 🖤 Relembrando que em tempos difíceis, somos mais fortes quando trabalhamos em conjunto, do que uns contra os outros. Votos de bons (re) inícios. 🙏
Samhain
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Amanhã, dia 31 de outubro, celebra-se o Samhain. Este dia vai ocorrer numa lua cheia, a segunda no mês de Outubro, no signo de Touro. Sinto-me tranquila. Sinto-me alinhada com a sua energia, uma energia forte e mágica a ganhar forma nos céus. E, por momentos, regresso a um local que não sei qual é, nem sei onde fica, mas sei que é o que mais próximo terei de "retorno a casa". Enquanto o mundo vai dando voltas, eu contemplo-a ... Infinitamente... Demoradamente... (Imagem retirada da net)
Viagens
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Este ano tem sido atípico. Não há como negá-lo! Este ano tem sido um convite à transformação profunda. Mas confesso que, apenas hoje, durante a minha viagem de comboio de regresso a casa, tive a plena sensação de que nada será como antes. Que haja em nós a força e sabedoria necessárias para enfrentar os tempos adversos! https://www.facebook.com/8alaya/videos/3687184108010684/
Notícia da semana
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A raiva é uma emoção que me tem acompanhado imenso nos últimos dois anos. Ainda que saiba que a raiva por si só não é boa, também entendo que ela é uma clara indicação de que algo estava ou continua a ser reprimido dentro de mim. Para lá das minhas circunstâncias claramente pessoais, atualmente olho para o mundo e não consigo deixar de me enfurecer. Sempre ouvi dizer que o ódio não se resolve com o ódio e que a intolerância só gera mais intolerância, mas é difícil atenuar a emoção perante tanta ignorância e violência. A notícia desta semana, para além da recorrente menção à covid19, diz respeito à decapitação de um professor em França por um radical islâmico. Enoja-me que em pleno século XXI, pessoas que nada sabem de espiritualidade e muito menos de respeito pelo próximo, cometam atrocidades deste género. E percebo como é tão fácil adotar também um comportamento extremista perante merdas como está. Muito se falou no "vai ficar tudo bem". Acredito que eventualmente sim, as co...
Conselhos do Tarot
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CONSELHOS EM 3 CARTAS: 🙏 (O Eremita) -Vê o tempo como um aliado, aproveitando-o para trabalhares no autoconhecimento e consciência de ti mesmo. As respostas encontram-se em nós, sempre. A felicidade e paz genuínas só podem ser encontradas dentro de nós, sempre. Este é o trabalho mais importante das nossas vidas, um trabalho para a vida que exige vontade e algum sacrifício. * Recolhe-te; * Silencia o ruído exterior; * Ouve-te; * Sente a tua alegria e a tua tristeza; * Ri ou chora conforme te apeteça; * Abraça-te; * Reconforta-te; * Aceita o TEU TEMPO. 🙏 (A Papisa) - Neste processo mergulha dentro de ti as vezes que forem necessárias. E quando encontrares a tua luz, não te esqueças que nela também habita a tua sombra. E quando descobrires a tua sombra lembra-te que nela também podes encontrar a tua luz. * Conecta-te com a tua ancestralidade e com os ciclos da terra e da lua. Esta ciclicidade também existe dentro de ti; * Lembra-te que fazes parte do divino; * Perdoa-te por t...
Terra interior
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Há uns anos, num dos primeiros diálogos que tive com um dos meus (na altura!) grandes amigos, ele relembrou-me que só podemos trabalhar a nossa própria terra. Esta terra não diz respeito ao local onde nascemos ou habitamos, mas a nossa terra interior, o nosso caminho e percurso de vida. Às vezes questionava-me como certas pessoas enfrentavam com tanta bravura as dificuldades e amarguras da vida até que percebi que elas, a bem ou a mal, aceitaram o caminho que vieram fazer, essa terra sagrada que as habita e sobre a qual pousam os seus pés. São tempos difíceis... Ninguém duvida disso. Atualmente a conjuntura mundial é a que todos nós conhecemos e individualmente cada um de nós foi, é ou será afetado pelas mudanças que estão em marcha. De pouco valem os lamentos e muito menos a vitimização. Em nós existe e existirá sempre a possibilidade da escolha, de qual o caminho a seguir e de como enfrentar as consequências da nossa decisão. A lua hoje junta-se ao sol no signo de Balança e desde há ...
Resgate do nosso animal [Excerto]
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“Nesta criação de uma divisão entre o espírito e a matéria, a mente e o corpo, os nossos animais interiores ficaram engaiolados, assustados e esquecidos. Aparecem-nos apenas em sonhos – tornaram-se nas bestas que se ocultavam nos recantos do nosso mundo civilizado – lobisomens e predadores perigosos que simbolizavam as ânsias “animalescas” do homem demasiado “civilizado” para reconhecer a sacralidade do corpo e do animal. Mas, paradoxalmente, enquanto rejeitarmos o animal em nós, jamais poderemos ser realmente humanos. Para recuperar a nossa humanidade, temos de os acolher – amando e conhecendo cada um dos que habitam nos nossos corações e nas nossas almas.” Philip e Stephanie Carr-Gomm, in “O Oráculo Animal dos Druidas” (Imagem da net)
Revela-te e descobre quem fica para aceitar a pessoa que és...
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Aceitação
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Talvez já tenha sido melhor do que sou hoje. Já fui mais doce, mais simpática, mais compreensiva, mais formatada para agradar. Mas esse "melhor" a que me reporto nunca foi nada mais do que uma máscara que usei demasiado tempo, tanto tempo que cheguei a confundir com a minha própria essência. Hoje sou menos doce, menos simpática, menos compreensiva e muito menos condescendente, mas na aceitação de tudo o que tenho em falta ou ainda necessita de trabalho, descubro que sou mais genuína.
Anos
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No início de 2014 pensei em fazer uma mudança significativa. Estava envolvida no yoga, na filosofia esotérica e embrenhada nos livros de budismo. Por que não seguir por ali?!... 2014 trouxe a mudança sim, mas não a que eu esperava. Trouxe-me intempéries e um escamar de pele que levaria consigo ideias que eu tinha mas que não me pertenciam e exigências que havia imposto a mim mesma mas que nada tinham a ver comigo. Ao longo do tempo fui abandonado as minhas certezas e meias verdades,... 6 anos passaram, 6 anos de novas experiências, encontros e desencontros e apesar de tudo o que aprendi desde essa altura, nunca o caminho foi tão difícil como é hoje e sendo difícil nunca me pareceu tão certo. E digo-o sem qualquer lamento nem dor. Hoje encontro-me onde estou e onde tenho de estar e, à parte de algumas circunstâncias que eventualmente possam ser mais desafiantes, tudo o resto me passa ao lado e parece-me que a minha história nem a minha história é. Passa-me mesmo ao lado! Como se a minha...
Regresso
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Tudo muda... O mundo muda e nós mudamos com ele. Aproveitei a manhã de domingo para retomar as minhas caminhadas, aquelas caminhadas que em tempos me souberam a rejuvenescimento. Escolhi caminhos por onde fui num tempo que já não existe. A verdade é esta: Já NÃO EXISTE... Nem aquele tempo, nem a mulher que fazia o caminho. Estranho reconhecer esta estranheza em mim mesma e perceber que não sei quem sou mesmo que este desconhecimento não me assuste e muito menos me entristeça. Foto para memória futura de como é regressar ao mundo e sentir tudo de forma diferente.
Viagem
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Começa ali, naquela floresta iluminada pela lua cheia. No ramo de uma árvore pousa uma pomba branca. Os pés nus caminham na estrada improvisada de terra batida. Os dentes-de-leão desfazem-se com o soprar do vento. Malmequeres sorriem e os animais da floresta juntam-se à procissão: ursos, lebres, coelhos e as vacas sagradas sob a égide da Deusa. A batida do tambor acompanha a passada. Se a vida fosse apenas isto, por ali ficava… Mas o vento do Leste empurra para as entranhas da terra e vai-se, a contragosto, forçosamente como quem vai para o matadouro. A escuridão instala-se para que a alma possa ver o que só se capta com o coração. Vês-te? Entendes quem és? Tens a coragem de te assumires com a tua luz e a tua sombra? Consegues ser e viver em amor sem cobranças e exigências? [Not yet! Not yet!] (Imagem: Internet)
Caminhos de Outono
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Dia 22 celebrou-se a chegada do Outono, aquela que é a minha estação preferida. Se comparássemos as estações às fases da lua, esta corresponderia ao quarto decrescente, ponto oeste da rosa dos ventos. O frio que gradualmente se vai instalando, pede-nos para voltarmos para dentro. Mas algo que eu já percebi em mim, é que não necessito do Outono para o fazer. O caminho para o interior começa a ser aquele que eu conheço melhor. E é um caminho gentil quando o encaramos sem medo pelo que é. A minha professora disse-me há uns meses que eu terei força para o fazer; acredito que sim! (Imagem da net)
Histórias
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Tudo é igual e tudo é diferente. Circunstâncias repetem-se em novos cenários porque ainda há arestas para serem limadas. Novos intervenientes surgem ao virar da esquina trazendo mensagens antigas: - Já fizeste o trabalho? - Já aprendeste? - Já identificaste padrões? Já identificaste os teus medos mais profundos? Já entendeste o que vieste trabalhar em ti? Há características que são mais facilmente identificáveis mas há outras a que nem nos atrevemos a olhar, quanto mais a sentir. A minha mente salta de poiso em poiso e só muito recentemente percebi que ela resiste a estar no mesmo ramo da árvore. Isso pressuporia que eu encarasse de frente um dos meus maiores desafios nesta vida. Ummm... pois... não!... Lembro-me de ter esta imagem na minha mente (algo que funciona a nível simbólico): caminhar diariamente pelo mesmo caminho e dia após dia passar por um portão fechado com uma grande placa que diz - AQUI ENCONTRAS A TUA MAIOR DOR E A TUA MAIOR CURA! Como a minha mente regista primei...
Vai - Coragem!
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Quando vezes não resistimos a deixar algo para trás por simples medo de andar em frente. Não é tanto o passado que nos prende – até porque dele só valerá realmente a aprendizagem -, mas porque receamos o futuro incerto. O desconhecido poderá trazer-nos 1001 oportunidades e umas tantas portas e janelas abertas de cuja existência desconhecíamos, mas será que se a porta surgir, escancarada, teremos coragem de a atravessar? E aí o passado parece tão seguro!.... Não nos traz surpresas nem nada que não conheçamos. Mas também já não nos traz nada que nos acrescente ou enriqueça internamente. DESAFIO: Atreve-te a ir, a seguir o curso do rio mesmo que ignores por completo onde ele irá desembocar. Vai, mesmo que leves em ti medos que ainda não consegues ultrapassar ou feridas que ainda não consegues curar. A cura e superação serão feitas ao longo da caminhada. Vai. Não aqui nada a prender-te! Não deixes que sejas tu mesma(o) a impedir-te.
Diabo
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Se procuras o teu maior inimigo, aquele que mais te limita, te sabota, te aprisiona a medos, vícios e inverdades, olha-te no espelho. É curioso que astrologicamente a lâmina do Diabo – palavra que vem do grego “diablos”, adversário - esteja associada ao signo de Capricórnio, e o seu regente – Saturno – à carta do Mundo. O Mundo é a coroação, “final” da caminhada em que recebemos as recompensas pelos esforços e trabalhos empreendidos. O ser ganhou consciência porque trabalhou em si mesmo e responsabilizou-se por si mesmo (algo tão saturnino). Mas para chegar aqui muita da nossa organização e arrumação interna terá de ser revista. Algumas estruturas terão necessariamente de ruir até à base para darem origem a novos sistemas mais equilibrados (A Torre). De outras, nem a base se aproveitará porque já não terão espaço para coabitar dentro de nós. Para perceber o que já não tem ou não deve ter espaço em nós é preciso parar e olhar. Para onde? Para nós mesmos! E para dentro. Sempre pa...