Vulnerabilidade
Aprendi este ano, pelos mais diversos motivos, que a cura emocional implica que se enfrente o que provocou a enfermidade. Para alguém que, como eu, criou ao longo de anos e anos imensos mecanismos mentais de auto-defesa que a impedissem de sentir, conseguir agora reconhecer, aceitar e abandonar esta guarda constante, é um desafio.
Mas faz-se, por vezes a conta gotas, em escassos momentos antes de voltar à defensiva.
Sentir torna-nos humanos, seres vulneráveis e é nessa vulnerabilidade, que nos escapa por vezes entre os dedos, que mostramos quem realmente somos.
Digo, com alguma satisfação, que me apraz o momentos da lágrima, porque se ele existe é porque já consigo fazer algo que, ainda há bem pouco tempo me parecia tão impossível. O meu coração manifesta-se, como o bater de um tambor, com som de esperança - esperança em mim mesma - e eu sei, naquele momento, que para o bem e para o mal ainda estou viva e enquanto me for possível palmilhar as estradas deste mundo, terei a hipótese de tornar uma lágrima num sorriso e trazer a luz a partes da minha alma que ainda se escondem com medo.
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