Vénus em Caranguejo / Imperatriz

Nunca foi minha pretensão fazer um post sobre astrologia. Apesar do meu fascínio intermitente, não me considero minimamente entendida no assunto.

Mais eis que vénus ingressa neste signo e sou impelida a falar sobre aquela que é também a minha vénus natal.

Nasci com imensa energia de caranguejo. Quem me conhece, sabe que integro mal esta energia dedicando mais tempo a rejeitá-la do que a aceitá-la.

Das muitas explicações que li, e acreditem que foram muitas, nenhuma me fez sentir o mínimo de orgulho. Palavras como “nutrição”, “doçura”, “maternal” e, a minha preferida, “boa cozinheira” não me agradam verdadeiramente para considerá-las um elogio.

Sejamos honestos, não acredito que uma rapariga fique particularmente feliz quando lhe falam mais no ser mãe do que no ser mulher como se esta mulher só se pudesse sentir realizada a ser mãe.

Felizmente, o estudo do Tarot Terapêutico trouxe-me uma nova visão deste caranguejo e uma forma muito mais saudável de integrar esta vénus.

Nem de propósito, o meu número kármico é o 3 que vem associado à lâmina da imperatriz. Sim, esta imperatriz também é uma mãe. Basta ver a sua imagem toda fofinha e queridinha no Tarot de Rider Waite, com o seu vestido branco e largo cheio de florzinhas. Digam lá se não dá vontade de saltar para o seu colo e pedir-lhe mimos!!!

Sim, está tudo certo…. Nutrição, mimos e afins… Mas o importante aqui, é perceber que a nutrição começa em nós e devemos ser nós mesmos os primeiros destinatários do nosso afeto. 

Vénus em caranguejo não vem nutrir o outro.
Vénus em caranguejo não vem dar colo ao outro.
Vénus em caranguejo não vem ser mãe do outro.

Vénus em caranguejo vem nutrir-se a si mesma.
Vénus em caranguejo vem dar colo a si mesma.
Vénus em caranguejo vem ser mãe de si mesma.

E quando esta vénus integra isso tudo, então ela PARTILHA com o outro. NÃO DÁ, PARTILHA! E partilha não por carência, mas em consciência e com vontade. Acolhe o outro sem o sentimento de insuficiência porque já não é preciso que o outro lhe dê aquilo que ela já encontrou dentro de si mesma.

 Não falamos mais de #dependência mas de #crescimento que, creio eu, é o objetivo de todos nós.





 

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