Monsanto

Vim para Monsanto à procura de inspiração.

O mundo natural relembra-me a  minha própria naturalidade perdida. Na natureza, sinto-me acarinhada  e os ramos estendidos das árvores encorajam-me a ter novamente presente a minha verticalidade.

Após tantos anos curvada sobre mim mesma, em constante modo embrionário, anseio por abrir o peito e estender os braços em direcção aos céus.

Ainda me encontro imersa nas águas profundas do meu ser onde mergulhei há uns meses, mas já consigo ver os raios de sol a incidirem no meu corpo. Consigo ver as pontas dos meus pés e o movimento das minhas mãos a abrirem e a fecharem. Não há nada para conter e tudo para deixar ir livremente.

É certo que a cura se faz gradualmente. Resistem ainda silêncios dolorosos, palavras e perdões que, de momento, ainda não têm espaço nem tempo para se manifestarem, mas o que tenho e quem sou de momento chegam.






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