Leonardo - Até um dia meu amor 💗

O meu menino partiu na madrugada de Sexta para Sábado.

É o terceiro post que tento escrever sobre o assunto. O primeiro foi a quente e encontra-se guardado no meu telemóvel. O segundo foi a quente e envolvia toda a dor e lágrimas sentidas pela minha mãe enquanto desabafava comigo ao telemóvel.

No dia 24 de maio, pelas 08h21, retomo a tentativa.
Sinto falta dele, mas há o consolo de saber que já não sofre mais. À parte disto, tenho dificuldade em descrever as minhas emoções.

A vida parece-me estranha. Sinto na pele e na alma a impermanência. O facto de saber que um dia perderei tudo, incluindo esta vestimenta a que chamo corpo, faz-me querer desapegar.
Já por diversas vezes senti que, não desejando nem andando à procura da morte, sinto saudades de “casa”, do lugar de onde terá vindo a minha alma.

A escola da vida, a escola que é esta experiência terrestre, é simplesmente penosa. Vivemos iludidos e tomamos como real o que não é.

Quando fecho os olhos vejo-nos a todos como pontos de luz que fazem parte de uma enorme bola de fogo. Se isto for verossímil – o que não tenho forma de saber – não fará sentido o apego que temos aos bens materiais nem os ataques que dirigimos uns aos outros.

Sei que já falei diversas vezes sobre o viver uma vida simples e hoje, enquanto luto com esta ausência do meu Leo, busco mais do que nunca essa simplicidade.

Vou seguindo, de mochila às costas, em constante modo de peregrina. Vou seguindo, hoje um bocado mais triste…





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