Detox
Tomei a decisão de desativar (provisoriamente) a minha conta do Facebook.
Desde há alguns anos que sinto o desejo de o fazer mas, ou adio, ou faço-o e logo retrocedo na minha decisão.
As redes sociais são, na minha opinião e experiência pessoais, do mais tóxico que pode haver.
A mim, pessoalmente, têm-me levado a cimentar ainda mais a necessidade de validação exterior como se só conseguisse ver algo de bom em mim quando alguém de fora diz que eu tenho motivos para isso.
As redes sociais reforçam amizades virtuais que pouco ou nada têm de real. Fazem-me refém da comparação com o outro, com a vida do outro. Deixam-me num estado que oscila entre a letargia e a mais profunda depressão.
Não é fácil para mim reconhecer este peso e influência. Mas é mais fácil do que manter um comportamento destrutivo que não me faz bem.
Esta decisão foi tomada no seguimento de uma noite puxada em que tive de lidar com emoções que reprimi durante muito tempo. Senti dor mas, ao mesmo tempo, alívio. Preciso que estas águas interiores transbordem para que possa trabalhá-las, dando-lhes um movimento, uma direção.
A verdade é que quero CURAR O QUE ME CAUSA DOR. Mas, para isso, esta dor tem de ser reconhecida. Tenho de escavar dentro de mim para resgatar caixas de sonhos, lágrimas e traumas que residem no fundo do meu ser. Não sei se serei capaz. Nem sei muito bem como fazê-lo mas quero, pelo menos, começar por tentar.
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