À descoberta das Galinheiras
Este Sábado participei numa caminhada guiada pelas Galinheiras, orientada por Euprémio Scarpa e organizada pela Quinta Alegre. As Galinheiras não têm a melhor fama, mas sem dúvida que é uma zona cheia de vida e de histórias que merecem ser partilhadas. Dado o meu fascínio por Lisboa e o meu desconhecimento desta zona, achei que seria uma oportunidade interessante.
Eramos um grupo de cerca de 18 pessoas, a maioria pessoas mais velhas do que eu (parecia-me pelo menos!). Iniciamos o percurso pela Vila Carlos Henrique. As "Vilas" são pequenos aglomerados de casas pequeníssimas que, conforme nos foi explicado, eram muitas vezes construídas da noite para o dia. Tinham depois uma espécie de pátio central, área comum, o que fazia com que existisse um forte sentimento de comunidade. Ao longo dos anos as casas foram sendo melhoradas, ampliadas, mas a maioria destas Vilas permanecem ilegais, em termos de terreno, de onde foram construídas, apesar de pagarem os seus impostos. São as chamadas AUGI - áreas urbanas de génese ilegal.
Mostraram-nos ainda o antigo cinema Cine Texas, que hoje não é mais do que um terreno que me pareceu estar agora ocupado por pessoas de etnia cigana.
Visitamos ainda a mais antiga tasca da zona na convergência entre a Estrada da Póvoa e a Azinhaga das Galinheiras onde bebemos uma ginginha caseira.
Por fim, subimos pela Vila Alfaiates através da Rua General França Borges.
Gostei muito deste passeio, descobrir um outro lado de Lisboa. Se gostaria de morar ali? Penso que não, mas há ali uma beleza própria apesar da notória pobreza de algumas residências.
Registo fotográfico:
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