Os meus pontos de interrogação

Escrever acalma-me ainda que, por vezes, não saiba muito bem por onde começar.
Sábado foi dia de passeio, de muitas voltas, de muitos percursos, de muitos passos dados. Ainda assim, quando ao final do dia cheguei a casa, sentia um vazio enorme. Os buracos não se preenchem com lazer e quando eles se fazem notar, é importante vermo-los de frente.

De manhã visitei o Castelo de Pirescoxe e para minha agradável surpresa estava a decorrer um torneio de combate medieval. À tarde, e antes de fazer o meu treino no ginásio, visitei a Galeria Municipal Vieira da Silva e o Museu Municipal, ambos em Loures. Esforcei-me por tomar o melhor partido das visitas, mas acho que o meu interior estava da cor do céu, cinzento e a ameaçar chover. Gosto do silêncio e do sossego, mas às vezes também eles pesam e se tornam insustentáveis.

Domingo aninhei-me no meu sofá, com as gatas ao lado, de pijama térmico, manta e meias quentes. Pensei na minha vida, nas minhas escolhas. Ainda que, de uma forma geral, me sinta bem (apesar do sentimento da véspera), há algo na minha calma que me perturba porque não estou certa de que não ande a fugir demasiado da vida. A Mónica dizia-me há tempos para não inventar problemas que não existem, o que me faz todo o sentido, mas não estarei eu a reforçar diariamente a minha incapacidade em me relacionar com o outro? 

Nestes momentos em que sou obrigada a mergulhar tanto em mim escolho, pelo menos, não fugir das perguntas mesmo que não tenha respostas.








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