Sobre os caminhos…
Há um caminho mais fácil e um caminho mais difícil. Raramente conseguimos identificar um ou outro com facilidade e clareza a não ser quando estamos efetivamente a caminhá-lo. O caminho mais fácil parece-nos a nós, na nossa limitação, que é o que causa menos dor e se reveste de maior rapidez na chegada ao destino. O mais difícil, aquele que exige maior esforço e requer mais tempo.
Em conversa com a minha melhor
amiga admitimos a possibilidade de ser exatamente o oposto.
Quantas vezes escolhemos o caminho que aparentemente dói menos e damos por nós a lidar com circunstâncias
e emoções de forma prolongada porque não fizemos a escolha, não tomamos a
decisão de enfrentar logo as intempéries de frente, de “dar o peito ao
manifesto”?
Quanto vezes a inação, a indecisão e a ausência das palavras certas não nos
prenderam em enredos tortuosos e, mesmo após um tempo considerável, percebemos
que ainda temos o mesmo lodo preso às solas dos sapatos?
Dito isto, não me parece
que caminhos fáceis ou difíceis sejam, respetivamente, certos ou errados.
Escolhemos o que conseguimos a dada altura baseando-nos na nossa experiência e
conhecimento daquele momento.
Quando analiso a minha
vida em particular percebo que, se tivesse enfrentado certas situações, talvez
já tivesse ultrapassado as suas consequências. Não obstante, não saberia tê-lo
feito e foi necessário crescer dentro da minha própria indisponibilidade
temporal.
Coragem 👐
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