O mundo dos pequenos e dos grandes ditadores
Os últimos dois anos têm sido desafiantes a nível mundial. Ainda a situação do covid não foi completamente ultrapassada e já nos deparamos com uma guerra em solo europeu.
Os mídia não falam de outra coisa. De repente, o
número de infetados com o novo corona vírus perdeu quase toda a importância.
Para mim tudo isto é surreal. As pessoas voltam a
ofender-se mutuamente nos confessionários virtuais, isto é, redes sociais.
O inimigo já não é o antivacinas mas o apoiante do
PCP, partido esse que publicamente não censurou a invasão à Ucrânia. O inimigo
já não é o negacionista, mas o russo.
Condeno a guerra da mesma forma que condeno a
manipulação das massas.
Somos marionetas inconscientes da sua própria
ignorância.
Há dias em que para conseguir lidar com tudo o que
vejo tenho de me afastar e fazer mesmo de conta que não estou neste mundo.
Desconheço as saídas para a paz, para a tolerância e
para a verdade.
Talvez as minhas palavras sejam reflexo de um egoísmo interno que eu ainda não consigo reconhecer em mim mesma. Talvez aquilo que vejo fora, e que tanto me perturba, seja a imagem de algo interno que eu, na minha própria cegueira, não vejo. Talvez eu não seja melhor do que aqueles a quem aponto o dedo. Realmente sei menos do que nada.
Deixo o desabafo perante um mundo que eu não compreendo.
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