Fuga
Demarco-me do exterior. Sou uma estranha neste mundo. Gosto da beleza natural, mas assusta-me a natureza humana. Não obstante, também eu tenho forma de gente e partilho desse ADN que tanto me atemoriza.
Desligo a TV. Desconecto-me das notícias virtuais. Suspendo os sons das palavras ásperas.
Caminho por onde não passa gente. Oiço o barulho dos pássaros que pousam no cimo da Igreja. Oiço o barulho do vento que me gela os ossos. Procuro refúgio e proteção contra a demência social.
Ainda assim questiono-me se viver em constante fuga é a solução.
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