Perdão

Sobre o perdão! O desafio de domingo foi refletir sobre o perdão.

Sou uma pessoa rancorosa, admito. Consigo perdoar quem não me é nada exatamente devido à importância diminuta que tem na minha vida. Mas perdoar aqueles que me são próximos, aqueles de quem eu esperaria mais, é uma outra história.

Este “esperar algo” de alguém assenta muito nas nossas próprias expectativas e projeções. Espero que o outro seja qualquer coisa e quando ele se mostra diferente daquilo que aparentava ser ou do que eu achava que ele era, sinto-me traída e enganada. Mas afinal onde reside o equívoco? Quando alguém age ou tenta agir de acordo com a sua verdade quem sou eu para me sentir traída pelo facto de o outro manifestar algo tão diferente do que eu esperava? E isto dá para os dois lados. Terei eu de me lamentar se desiludi alguém por não corresponder às suas expectativas?

Nós vimos a este mundo (pelo menos é essa a minha crença) para evoluir e os desafios servem o propósito de nos tornarmos cada vez mais conscientes de quem somos. Todos nós somos algo de magnífico, há um verdadeiro potencial de crescimento, mas também temos espaços remotos na nossa alma que, quanto mais se escondem na “sombra”, menos “luz” recebem.  

Nos últimos dois anos descobri algo importante. Não posso trabalhar algo em mim se não admitir primeiro que esse algo existe. Não posso trabalhar o ciúme se não assumir primeiro perante mim mesma que sou ciumenta, nem trabalhar o medo se sucessivamente me recuso a aceitar que sou uma pessoa medrosa. A honestidade deve começar em nós. O perdão deve começar connosco próprios. Baby steps. Em tempo, no tempo certo, o resto virá.


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