Manhãs
As minhas manhãs são assim, de vistas que enchem os olhos, de um espreitar atrás das árvores como uma criança traquina num jogo de esconde-esconde com o sol. Na maioria das vezes isto é o suficiente para me deixar com um sorriso nos lábios. Que haverá a lamentar quando a natureza nos sorri de volta?! A perfeição existe, mas não de acordo com os nossos habituais critérios. A perfeição de que falo é a perfeição das assimetrias, das diferenças e alteridades. Do que parece que não combina mas arranja forma de coexistir saudavelmente. Das gargalhadas estridentes que quebram o silêncio mais pesado. Das cores espampanantes e atitudes exuberantes. Dos círculos que se encaixam nos quadrados. Das calças às riscas e camisolas às bolinhas. Dos pulinhos de alegria. Da liberdade em se ser quem se é.
As minhas manhãs são assim, de eternas descobertas.
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