Homesick

Não entendo. Não [me] entendo.
Às vezes sinto como se vivesse entre salas que estão sempre às escuras, ou caminhasse em ruelas sempre embrenhadas em nevoeiro ou jardins que recebem uma luz tão forte do sol que me ofuscam. O problema não é o espaço, mas a forma como mergulho nele, sempre duvidosa, receosa, ignorante.
Corro então para o meu abrigo. Fecho a porta, a chave roda na fechadura, uma, duas, três vezes, … Quando finalmente me sinto resguardada do mundo lá fora, o meu coração acalma e eu respiro fundo. Sobrevivi mais um dia! O meu coração aguentou. A minha mente aguentou. O meu corpo aguentou. A minha alma aguentou.
Sei então que não pertenço aqui. Não pertenço a este caos do mundo moderno que me suga a energia e a fé. Pertenço à floresta, aos caminhos de terra batida, aos riachos, ao vento sussurrante e às estrelas.




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