Śrāvaka
Sou uma pessoa de fé.
Gosto de acreditar sobretudo na vida como se ela fosse uma Grande Mãe que sabe
o que é melhor para nós, mesmo que nós não o saibamos. Há momentos em que resta
apenas a fé, a fé de que chegue o dia em que as peças se encaixem tal como num
puzzle.
Tenho procurado o mesmo a
minha vida inteira. Às vezes estou mais focada no objetivo, outras vezes menos.
Às vezes estou mais preparada para me focar no objetivo, outras vezes menos.
Admitir a mim mesma o que quero tornou o caminho mais claro, mas nem por isso
menos penoso.
Nestes momentos, relembro-me de que o nome deste blog é Śrāvaka, que entre outros significados,
refere-se a “discípulo” e é isso que tenho tentado ser, a melhor discípula
possível. Tento ver em cada circunstância da minha vida uma oportunidade de evoluir,
de enfrentar os meus medos, de superar os meus limites e sobretudo de abrir o
coração que durante tanto tempo teve medo de se mostrar.
A existência parece às
vezes um caminho sem fim à vista, uma estrada que desemboca em novas estradas,
problemas entrelaçados com soluções, avanços e recuos, sonhos e medos. Esta dualidade
que julgamos nós não poder ser extinta, mói, causa dano. Se apenas soubéssemos que
ela é ilusória e que nos agarramos ou rejeitamos sempre algo por oposição a
outra coisa qualquer, quando uma e outra nunca foram nem nunca deixarão de ser!
Há uma centelha divina em
cada um de nós. É o nosso farol. Quando nos sentirmos perdidos, não é preciso procurar ajuda
longe. Basta olharmos para dentro.
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