Menina

Já não escrevo as mesmas palavras. Já não me agarro às interjeições. Hoje sei mais do que sabia e se em tempos as frases foram uma lembrança de quem eu achava que tinha de ser, hoje são a marca de quem eu sou. E é certo que ainda estou a meio da viagem. E é certo que ainda estou longe da meta. Talvez não seja muito melhor do que era ontem. Talvez não seja nada melhor do que era ontem. Mas sou mais tolerante em relação àquela menina ribatejana que virou mulher mas que, em tanta coisa, ainda continua a ser uma menina.



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