Mundos e Mundo

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Sabermos quem somos é essencial. É o desejo intimo de não querermos ser como o vizinho porque supostamente é uma pessoa muito mais interessante do que nós. É aceitarmos a nossa cara sisuda mesmo que o outro ria, ou admitir com orgulho as nossas gargalhas histéricas mesmo que os outros primam pela discrição. É dizer SOU ASSIM e isso não é mau!

 Insisto muitas vezes nesta questão e continuarei a fazê-lo, creio eu, até ao final desta minha vida. 

 Nenhum desafio me parece mais desafiante e nenhuma verdade me parece levar mais perto do meu objectivo.

 Não se deve confundir aceitação com incapacidade de mudança. O facto de sermos como somos não nos impede de sermos diferentes, até por isso pressuporia a estagnação do ser humano em vez da evolução.

 Mas evoluirmos ao nosso ritmo é essencial, de acordo com o que a nossa alma precisa e espera... Seguirmos o nosso caminho e não o destino traçado pelos outros e para os outros. Percebermos melhor quais as nossas potencialidades e em que aspectos da vida temos maiores dificuldades; o que fazemos com uma "perna às costas" e o que surge como um verdadeiro desafio; o que é natural em nós e o que é estranho... O que consentimos e o que é impraticável ou inaceitável. Onde estamos dispostos a ceder ou do que nunca abdicaremos...

 Cada um de nós é um mundo! Há 7 mil milhões de "mundos" na sua labuta diária, tantos quantas as alminhas encarnadas a passear nesta terra... Que maravilha!




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