Liberta-te!

Liberta—te dos teus desejos
Acalma a sede de loucura
Que mina a vontade mais pura
E te faz querer o indesejável.

Coloca freio na tormenta
Que cega a vista do descrente
Acomodado à sombra do passado

Que teima em fazer dano.



Não és só o que foste um dia
És mais do que vês hoje em ti
E tanto mais saberias
Se não tivesses receio em sentir




Se o caminho é para a frente!
Traga ele dor ou alegria.
De que valerá tentares fugir
Se o destino sempre te alcança?


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