Felicidade
Não
defino a felicidade como estado permanente! Acredito que só podemos aspirar a
momentos, instantes de felicidade. Não digo isto com tristeza, nem frustração.
Feliz
é aquele que aproveita esses momentos quando eles chegam e nunca perde a fé de
os voltar a reviver ou a viver mesmo que noutros moldes.
Mas o
que é a felicidade?
Para
mim, tão somente paz de espírito. Talvez seja um pouco ingénua, mas gosto de
acreditar que possa haver um estado de espírito que nos eleve acima das
futilidades e ninharias e que nos permita aceitar os contornos da vida tal qual
eles se desenham: que o muito seja vivenciado sem apego, e que o pouco, ainda
que não muito, seja o suficiente.
Há uma
tendência no ser humano de comparativismo, de olhar para o vizinho do lado e
determinarmos o nosso grau de satisfação pelo que temos a mais ou a menos do
que o outro.
Wrong
choice! Não estamos no mesmo patamar. Não por uns serem melhores que os outros,
ou mais merecedores do que outros. Vimos sim ao mundo com faculdades
diferentes, munidos com aquilo que nos servirá melhor para o nosso
desenvolvimento interior. Sim,
desenvolvimento interior, aquele lado invisível que por não ter uma forma
palpável parece às vezes que não interessa.
Já
desejei que esse lado não interessasse, confesso. Mas há caminhos
irreversíveis. E depois de descobrirmos que existe o azul, o amarelo, o
verde,... já não conseguimos voltar a acreditar num mundo apenas a preto e
branco.
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