Não sei para onde vou, mas para onde quer que vá, hoje será o sítio certo.

Em dia feriado, os meus passos conduziram-me até Chelas. Mais de uma hora de caminhada, de mochila às costas, seguindo o percurso do 794. Enquanto caminhava, pensava na minha vida. Sou repetente em muitas questões, e sinto-me saturada. Apetece-me levantar a bandeira branca e pedir que me deixem na verdade, sem mais ilusões. A ilusão não me enche, já não preenche nenhum lugar vazio do meu peito. Prefiro viver com a ausência do que com a ilusão da presença. Prefiro estar no que realmente existe na minha vida, do que fingir que estou onde não estou e onde não me querem.

Não sinto mágoa, apenas um cansaço que me faz querer gritar um "basta!".

Percebo a minha responsabilidade, o que permito, o que autorizo, a forma como vou deixando que me tratem. Mea culpa!

Mais uma vez escrevo sobre este meu desejo de liberdade que, no fundo, talvez seja o que há em comum entre todos os meus passeios solitários.

Sigo, sigo, sigo! Se não me fizerem questionar a minha capacidade física, sou capaz de caminhar durante horas sem parar.

Deixem-me estar! Deixem-me ir! Não me peçam para parar! Não sei para onde vou, mas para onde quer que vá, hoje será o sítio certo.










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