... enquanto pessoa estranha que sou, gosto de dias estranhos....

10 de outubro, pelas 20h30...

Chove a potes! Retomei as aulas de aéreos hoje e, de que cada vez que me ausentei do escritório, molhei-me.

Desconfiada dos serviços meteorológicos que das últimas vezes não acertaram uma, vim de ténis, casaquinho de ganga para o Verão e o chapéu de chuva ficou em casa.

Corridas para um lado e para o outro e em diálogo constante comigo mesma repetia: “devia ter ido para casa”. Talvez devesse, mas não fui. Retomei a marcha para a escola. Desafiei-me uma vez mais. Fiz figura de ursa uma vez mais. Senti-me uma croma uma vez mais. Mas vou continuar, sobretudo porque detesto achar que há qualquer coisa de errado comigo e que essa qualquer coisa me retira o direito de lá estar.

Vou mesmo sendo ursa, sendo croma, e todas as mais emoções/sensações que me possam, invariavelmente, continuar a acompanhar.

Verdade seja dita, também não sei bem qual é o meu lugar.

Se me perguntassem de que gosto eu, responderia apenas que gosto de caminhar.

Que diz isto de mim?

Regresso por fim a casa, com os pés encharcados, a mochila cheia de água...

Que dia atípico este! A minha "sorte" é que enquanto pessoa estranha que sou, gosto de dias estranhos.



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