As minhas bebés de 4 patas
Adoptei uma gatinha. Estou completamente enamorada por aquele ser de pêlo e de alegria. Sinto-me a viver a maternidade duplamente, mesmo sem ter dado à luz.
A Bianca, a minha primeira gata que já tem 3 anos, ensinou-me imenso sobre a paciência e a relativização. Com ela aprendi a não dar importância a situações que não têm realmente importância. Com a Júlia agora a entrar nas nossas vidas, dou por mim a desdobrar-me em duas para acompanhar aquela gatinha bebé e, ao mesmo tempo, apoiar a minha primogénita que está a achar toda aquela cena muito suspeita.
É curioso como, com elas, manifesto claramente a minha energia maternal e protetora, tão característica do caranguejo, e faço-o de forma tão plena e com o coração tão aberto. Não me sinto diminuída por dar amor àqueles dois seres, não me envergonham as palavras doces e ternas que lhes dirijo e não me importo se pareço boba.
Dou e sinto vontade em dar sem restrições e quando me deito à noite sinto-me tranquila porque sei que fiz o melhor que sei e dei o melhor que consigo.
É ainda mais curioso como manifesto a minha essência naquela esfera, mas é tão difícil fazê-lo fora da proteção do meu lar.
Neste momento, elas são as minhas companhias preferidas. Não tenho muita vontade em sair nem em conviver. Não há qualquer tristeza no meu coração, apenas uma paz e tranquilidade que me levam para dentro, dentro das paredes da minha casa e dentro de mim onde mantenho a minha sanidade em contraste com a loucura generalizada em que a sociedade caiu.
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