Campo de batalha
Tenho escrito sobre a repetição dos padrões de comportamento. Nem sempre é claro na nossa mente que estamos a repetir uma ação ou reação. Às vezes, nem tem a ver com a forma como fazemos as coisas mas sim como as sentimos. Este nível é mais subtil e talvez por isso não tão óbvio.
Ultimamente tenho-me sentido como um barril cheio de pólvora. Chego a desejar que o barril rebente independentemente de quem seja atingido com isso.
Este rodopio de emoções dentro do peito parece um autêntico campo de batalha do qual faço parte e sou espectadora. Há momentos em que consigo ser uma pessoa verdadeiramente horrível, entre o que penso e o que sinto, ainda que saia para fora muito pouco de tudo o que vem cá dentro. Não quero ser assim. A verdade é esta, não quero ser assim.
Por um lado, a raiva e frustração são como venenos que injetamos a nós mesmos e nos tolda o discernimento. Por outro lado, ninguém consegue ser feliz deste modo.
Optei, por isso, por trabalhar a emoção que está a fazer despoletar tudo o resto. Na maioria das vezes, não consigo fazer nada a não ser sentir e todos os sentimentos negativos são ampliados pela minha mente. É um sufoco! Mas depois há aqueles instantes, breves instantes, em que tal como as nuvens cinzentas se dissipam e fica um céu azul, lindo e glorioso, também eu consigo ver as coisas de outra forma.
Não é claro ainda todos os passos a seguir. Mal consigo ver o caminho em frente. E na tentativa de remediar alguma coisa, até pode acontecer acabar por estragar outra. Mas por agora vai ter de ser assim.
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