Passeio
Aproveitei hoje a hora de almoço para passear. Caminhei, observei,
pensei, sentei-me a meditar. Quando
regressei sentia-me em paz.
Dói querer sempre algo, procurar sempre algo, desejar sempre algo.
É esgotante viver presa a expectativas e idealizações. E, a dada altura, os sonhos não conduzem ao futuro mas são as amarras do passado.
*
Percebo, nestes passeios que faço, como tudo poderia ser mais simples e mais leve. Percebo como, por vezes, carregamos fardos que não somos obrigados a carregar ou carregamo-los para além do tempo exigido.
Percebo como, na ânsia de termos o tudo, nos sentimos perdidos quando recebemos o nada. Mas que é o nada senão uma parte do tudo?
Cheguei a uma fase da vida em que não lamento o que não tenho. Só lamento o facto de ainda querer ter e, nessa busca por algo que insistentemente me escapa por entre os dedos, talvez ignore tudo o que a vida me dá gratuitamente.
*
Sinceramente, hoje não queria regressar. Não queria regressar ao caos, ao desejo, à ansiedade. Não queria regressar à minha necessidade de aceitação. Não queria regressar à procura de respostas nos outros só porque tenho receio de as procurar em mim.
Hoje queria deixar que os meus pés seguissem caminho sem que a mente pensasse no destino.
Hoje queria ser livre. Hoje queria imensamente ser livre.
Há sempre uma intenção em tudo o que faço, em tudo o que digo, em tudo o que escrevo. Às vezes gostava que não houvessem intenções porque a intenção precede a necessidade de algo.
* Dói querer sempre algo, procurar sempre algo, desejar sempre algo.
É esgotante viver presa a expectativas e idealizações. E, a dada altura, os sonhos não conduzem ao futuro mas são as amarras do passado.
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Percebo, nestes passeios que faço, como tudo poderia ser mais simples e mais leve. Percebo como, por vezes, carregamos fardos que não somos obrigados a carregar ou carregamo-los para além do tempo exigido.
Percebo como, na ânsia de termos o tudo, nos sentimos perdidos quando recebemos o nada. Mas que é o nada senão uma parte do tudo?
Cheguei a uma fase da vida em que não lamento o que não tenho. Só lamento o facto de ainda querer ter e, nessa busca por algo que insistentemente me escapa por entre os dedos, talvez ignore tudo o que a vida me dá gratuitamente.
*
Sinceramente, hoje não queria regressar. Não queria regressar ao caos, ao desejo, à ansiedade. Não queria regressar à minha necessidade de aceitação. Não queria regressar à procura de respostas nos outros só porque tenho receio de as procurar em mim.
Hoje queria deixar que os meus pés seguissem caminho sem que a mente pensasse no destino.
Hoje queria ser livre. Hoje queria imensamente ser livre.
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