Medida certa
Há medida certa no dar?
Já diz o provérbio que
quem dá o que pode a mais não é obrigado.
Não podemos exigir
atenção, amor, cordialidade, simpatia, amizade, estima, consideração… Porque
ainda que numa relação a dois, seja do género que for, se espere reciprocidade,
cada um vive a emoção à sua maneira e dá o que quer, pode ou consegue.
Sou um pouco exigente. Bem, quero pensar que "era um pouco exigente" e às vezes sentia que dava muito de mim tendo em conta o pouco que recebia. Se pensar bem nisto percebo que, na maioria das vezes, ninguém pedia para eu dar muito. Eu dava porque, segundo essa lógica ilógica da reciprocidade, receberia exatamente na mesma medida.
Nesta situação, como em muitas outras, há muito EU EU EU EU... "Eu quero...", "Eu preciso..." e a aparente bondade é, então, uma bondade disfarçada que só serve para me alimentar o ego.
Não quero parecer hipócrita. Todos nós precisamos de receber algo, todos nós gostamos de receber algo, mas será que faz sentido analisar a qualidade de uma amizade, por exemplo, pela quantidade? Quantidade de olás, de sorrisos, de mensagens....
Precisamos que as pessoas estejam sempre lá ? Ou precisamos que elas estejam presentes quando de facto é necessário?
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