Liberdade
Diz Bernardo Soares no "Livro do Desassossego" que "a liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se te podes afastar dos homens (...)". Isto não é um convite a que nos retiremos do mundo. Encaro sim como o reconhecimento de que não precisamos de procurar nada fora de nós mesmos.
Quantos de nós sustentam os andaimes da sua existência em convenções sociais? Ou dizem precisar do que, por norma, toda a gente julga precisar. É certo de que há um desejo comum que é o de ser feliz. Mas não creio que a felicidade deva ser o fim que buscamos. E considero, na minha enorme ignorância, que um homem sábio não se reconheceria a si mesmo como um homem feliz, mas sim como alguém que faz o que tem de ser feito, independentemente de isso lhe trazer dor ou prazer, alegria ou tristeza. Acima de tudo, um homem sábio reconheceria sim que a liberdade é a maior dádiva.
Quando procuramos fazer o que é necessário, sem centrarmos a nossa acção nas recompensas que daí possam advir, somos livres.
Quando damos aos outros sem exigirmos que nos dêem a nós na mesma medida, somos livres.
Quando não precisamos de acumular bens materiais e/ou dinheiro, somos livres. E podia continuar com a lista....
Vejamos bem. Não se exige santidade, nem perfeição, nem mendicidade, nem auto-punição. Não temos de fazer um voto de pobreza, voto de castidade e jejuar. Não temos de ser mártires, nem esperar ver o nosso nome nos livros de História. Acho que se espera algo muito mais simples. Lembrar ou relembrar de que viemos de algo luminoso e um dia regressaremos. No tempo que medeia, enquanto palmilhamos as estradas e ruas desta terra, procuremos libertar-nos de correntes e amarras e reconheçamos que também no outro este é um direito natural.
Quantos de nós sustentam os andaimes da sua existência em convenções sociais? Ou dizem precisar do que, por norma, toda a gente julga precisar. É certo de que há um desejo comum que é o de ser feliz. Mas não creio que a felicidade deva ser o fim que buscamos. E considero, na minha enorme ignorância, que um homem sábio não se reconheceria a si mesmo como um homem feliz, mas sim como alguém que faz o que tem de ser feito, independentemente de isso lhe trazer dor ou prazer, alegria ou tristeza. Acima de tudo, um homem sábio reconheceria sim que a liberdade é a maior dádiva.
Quando procuramos fazer o que é necessário, sem centrarmos a nossa acção nas recompensas que daí possam advir, somos livres.
Quando damos aos outros sem exigirmos que nos dêem a nós na mesma medida, somos livres.
Quando não precisamos de acumular bens materiais e/ou dinheiro, somos livres. E podia continuar com a lista....
Vejamos bem. Não se exige santidade, nem perfeição, nem mendicidade, nem auto-punição. Não temos de fazer um voto de pobreza, voto de castidade e jejuar. Não temos de ser mártires, nem esperar ver o nosso nome nos livros de História. Acho que se espera algo muito mais simples. Lembrar ou relembrar de que viemos de algo luminoso e um dia regressaremos. No tempo que medeia, enquanto palmilhamos as estradas e ruas desta terra, procuremos libertar-nos de correntes e amarras e reconheçamos que também no outro este é um direito natural.
Comentários
Enviar um comentário