Vejo-me!
Ontem à noite, deitada na minha cama, revi partes do meu passado, circunstâncias, momentos. Reconheci uma Lídia que era imatura, chorona, resmungona, muita vezes "orgulhosamente sem filtros" e dei-me conta do quanto evoluí. Senti-me então feliz por já não reagir da mesma forma, por não me impor aos outros, por não elevar a voz para me fazer ouvir, por não amuar quando as coisas não ocorrem como gostaria.
Lembro-me de como, há 2/3 anos, me sentia revoltada com a vida, com os outros, comigo mesma. Como o meu coração mergulhava na dor e na raiva. Como deixava que da minha boca saíssem palavras feias, manipuladoras, sedutoramente repletas de inverdades. A forma como me relacionava com o exterior refletia o meu interior. Se bem que houvesse um impulso para a ação - e isso para mim é algo positivo -, essa ação revestia-se muitas vezes de agressividade.
Hoje acalmo-me, não forço a aceitação de mim mesma pelo outro, não forço amizades, não forço o amor, não forço que me sejam ditas palavras ou seja realizadas ações que me incluam, não forço a que gostem de mim, a que me aceitem, a que me queiram. Não pretendo que concordem comigo, que partilhem das mesmas opiniões, da mesma fé. Não espero sequer que me vejam porque eu vejo-me, eu valido o meu direto a ser quem sou, sentir e pensar da forma com que sinto e penso.
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