Percursos - São Miguel de Odrinhas, Terrugem e Sintra

Esta segunda-feira começou um pouco atabalhoada. Perdi o comboio das 7h13. Enganei-me na linha quando cheguei ao oriente. Por pouco esquecia-me de sair em Entrecampos e o 713 demorou imenso a chegar. Tudo "regado" com pingos de chuva quando, supostamente, não iria chover.
Por tudo isto soube-me bem chegar ao escritório e sentir o silêncio e a calma. Sentar-me. Beber um chá. Começar o trabalho e nos "entretantos" escrever estas palavras.
Os dias têm passado com relativa normalidade. Ontem desafiei-me a ir a São Miguel de Odrinhas  para visitar o museu mas bati com o nariz na porta. Compensei-me com a visita à Cascata de Fervença, ainda que me tenha enganado no caminho 2 vezes, e desconfie que entrei por uma rua onde não era suposto circular. Estes meus destinos são sempre conduzidos de forma muita solitária e digo-o como facto, não como lamento. Orgulho-me de saber que vou, que me ponho a caminho mesmo que depois nada corra como tinha idealizado. Por fim, passei por Sintra e já descobri como fazer o caminho a pé até ao Palácio Nacional. Da próxima vez correrá melhor.
Ao longo do dia fui acompanhada por pensamentos díspares, lembranças que não são lembranças, picardias interiores e algum saudosismo. Já fui uma Lídia mais virada para fora! Ainda que não lamente para onde está, atualmente, virado o meu foco, gostaria de recuperar algum desse meu ímpeto. O meu barco vai abanando e busco um equilíbrio entre os sons e os silêncios, as presenças e as ausências, as caminhadas e as permanências, o pensar e o sentir, a minha luz interior e a minha sombra.
Apesar destas reflexões sou grata pelo dia que tive, pelo pôr do sol que fui avistando ao longe, pela beleza contagiante da Serra de Sintra e pelo meu velhinho Peugeot 206 que me vai levando e trazendo sã e salva.
















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