De fora para dentro

Sentei-me com a cabeça encostada à janela do 783. Fixei a atenção nas luzes, no pára-arranca dos carros, alheia às conversas de circunstância no autocarro. Pensei e senti, mas não consigo colocar em palavras o que pensei e o que senti. Pedi para que tudo o que me envolve nestes momentos, que me retira da realidade e me eleva a um lugar de paz, durasse o maior tempo possível.
Esta caminhante vai-se curando a cada passo. Esta caminhante vai-se encontrando, vai-se reconhecendo, vai sabendo quem é.
Olho, observo mas já não tento captar as imagens com a máquina. Já não há necessidade de partilhar com o exterior. Há um belo que é invisível e só se capta com o olho da alma.
Quando olho para dentro, vejo-o.

(Imagem tirada da net, pode ter direitos de autor) 


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