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A mostrar mensagens de setembro, 2022

Sobre o silêncio 💓

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"You'll remember me when the west wind moves Upon the fields of barley You'll forget the sun in his jealous sky As we walk in fields of gold (...)"

Ovelha voadora

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Estou tentada a retomar de um ponto específico em que fiquei. Não sei se é o certo ou não, mas depois de tantos meses de racionalidade a ferros, apetece-me agir um pouco por impulso. Sei que não me encaixo na normalidade e ainda que todos nós, de uma forma ou de outra, vivamos de aparências, há aparências mais densas do que outras. No que me compete, gosto de pensar que aos 40 anos já me posso dar ao luxo de ser eu mesma e de seguir o meu caminho. Não quero rebanhos, não sigo vaidades luxuosas. Não tenho posto de relevância nem título importante antes do nome. Sou apenas eu a querer, uma vez mais, remar contra a maré. E remo com maior fervor interior do que se me deixasse apenas ir. Estar aqui ("terra") é difícil, é duro. Às vezes desejo partir para onde o pó das estrelas é feito. Outras muitas vezes quero permanecer porque ainda há um caminho para ser percorrido.  Por ora, vou trepando apenas pelas cordas da vida até aos tectos do palco. P.S. Foto retirada da net, pode ter d...

Europa, para onde caminhas tu? #Notícias

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Ainda...

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Não tenho respostas e coloco poucas perguntas. Talvez me assemelhe a uma avestruz a esconder a cabeça na areia mas, de momento, é a minha melhor forma de aguentar. O mundo está um caos. A guerra na Ucrânia continua, a crise energética ameaça o próximo inverno, a inflação sobe, os preços de tudo estão a aumentar. Tento fazer uma gestão mais racional do meu dinheiro e afasto-me de todas as notícias para não antecipar cenários que não sei exatamente como se irão desenrolar. A par disso, vejo-me perdida na minha fé, ou na falta dela. Não sei mais no que acreditar. Hoje de manhã, enquanto tomava o pequeno-almoço, imaginei por momentos que somos apenas fios de energia ligados a um sistema central, fios esses que um dia serão desligados. Talvez não tenhamos consciência do que somos e muito menos de quando deixamos de ser uma qualquer coisa. À vinda para Lisboa olhei para a fila de prédios novos, robustos, modernos que preenchem as ruas do Parque das Nações e pareceu-me tudo tão irreal. O cami...

Dos corações frios

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O ser humano é adaptável. Aprendemos com o tempo a resistir, a subsistir. Já passei por momentos bem difíceis na minha vida e hoje, perante situações parecidas, reajo com maior calma e serenidade. Quando me vejo, quando sinto o meu coração no peito a bater, digo-lhe em voz baixa: "Não chores que não vale a pena." Ele tem sido obediente. Se partilhasse isto com alguém, penso que me iriam dizer que esta não é a forma certa de lidar com a dor, mas eu não conheço outra. Quando digo que há coisas que não me doem, falo com sinceridade porque parece-me que o "cordão umbilical" que unia a minha mente ao meu coração foi desconectado e atualmente um tem muito mais preponderância do que outro. Se acredito que ainda irei ter o que desejava? Honestamente, não. Uma vez que abandonei as tais ideias de poder da mente e da vibração, não me dou sequer ao trabalho de escolher criteriosamente as palavras que vou usar. Não, não acredito. Não é perda de fé mas inexistência de experiência...

Caminhante

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A semana começou chuvosa, influência da tempestade extra-tropical Danielle. Altura de calçar as botas e recorrer aos agasalhados, pelo menos até Quinta-feira. A caminho do dentista, hoje de manhã, admiti para mim mesma o quão tóxica me sinto. Não me considero uma boa companhia presentemente. Não me apetece fazer fretes, nem dizer palavras simpáticas nem ser altamente compreensiva. Não tenho pretensões de ser boa conselheira nem boa ouvinte. E não me quero forçar a sê-lo.  Mais uma vez retiro-me, regresso ao meu interior. Talvez isto seja o melhor que posso, nesta altura, fazer por mim e pelos outros. Respeitar o meu espaço e vontade e respeitar o espaço e vontade do outro. Sei que no convívio aprendemos imenso, crescemos e descobrimos coisas sobre nós mesmos. Mas no convívio também nos poderemos perder.  O que é meu e o que é das pessoas com quem convivo? Onde se separam e se distinguem as crenças e fé de cada um? Pode parecer que não há problema algum, mas há. Quando começamo...

Nunca deixes de te maravilhar!

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Cruzamentos

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Andei às voltas. Subi, desci. Do Miradouro das Olaias - cuja existência desconhecia por completo - dava para ver os comboios a passarem e, em baixo, a ciclovia que atravessa o Parque Urbano Vale da Montanha. Sou fã de corta matos e gosto de seguir pelos caminhos mesmo que não saiba onde irão desembocar.  Imaginem aquelas lojinhas pequenas que aparentam já fazer parte do mobiliário da zona há muitos anos... Imaginem aquelas velhas casas em ruínas que religam a uma história perdida no tempo... Imaginem os cheiros cruzados das comidas portuguesa, chinesa, indiana... Gosto disso tudo, dessa mescla que fica gravada num quadro mental.  Ao final da tarde, o sol ainda estava forte e quente. Ao olhar em frente, e sob o efeito dos seus raios que pousavam sob a estrada de alcatrão, parecia que estava num sonho. Há algo de real e de irreal ao mesmo tempo. Continuo a acreditar em magia porque magia é o que sinto nestes instantes. SINTO! Não é a mente a funcionar, mas o coração que se deixa...

Espiritualidade - Verdade ou Mentira?

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Volto a esta questão por verdadeira necessidade. Talvez haja um motivo último mais forte do que todos os outros e que atualmente ainda me seja difícil abordar, mas pelo menos permito-me a estas reflexões que, na prática, provavelmente não servirão a mais ninguém a não ser a mim mesma. Acreditamos no quê? Porque acreditamos numas coisas e não noutras? Nos vídeos que tenho visto encontrei algumas possível explicações. Há uma tendência para acreditarmos nas mesmas coisas que os nossos familiares. Por isso se diz que é provável que numa família de católicos, os filhos também o sejam, ou numa família de budistas os descendentes venham a seguir esta mesma religião. Dois pontos que gostaria de ressalvar. Primeiro, dei o exemplo da religião mas podemos incluir também a tendência a qualquer tipo crença ou, pelo contrário, ao cepticismo. Segundo, conheço pessoas que, pelo contrário, tentaram seguir a via oposta aos seus pais, mas neste caso parece-me mais a necessidade de ir contra as imposições...

Para reflectir!

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  Conversa entre o Professor Daniel Gontijo e Wanderson Dutch ( O Martelo de Nietzsche (@omartelo_nietzsche) • fotos e vídeos do Instagram )

Paz de espírito

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Na 6.ª feira senti a intensidade do caminhar, do prescrutar de estradas por onde ainda não tinha passado. Atravessei a Avenida Carlos Pinhão. Por momentos detive-se e fiquei a observar o cruzar do metro e do comboio em plataformas distintas e ao longe os prédios multicolores das Olaias. Descobri o Parque Urbano Vale da Montanha. Tenho de esclarecer algo. Perdi a fé em muita coisa mas não perdi a fé nestes pequenos momentos. Há uma magia que nada tem de mística, apenas um gozo pessoal associado a estes meus pequenos rituais.  Curiosamente, se em tempos busquei um sentido sobrenatural para a vida, hoje contento-me com um sentido mais visível e palpável. O amor por mim mesma e o amor pela vida não são abalados.  Não sei o que há para além disto. Não sei se a vida continua ou não. Não sei se voltamos após a partida. Não sei se há uma validade nos ensinamentos esotéricos - se total, parcial ou nenhuma. Nem sei se algum de nós é real. Mas sei que aquilo que sinto nestes momentos me ...

Aqueduto das Águas Livres

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Desmistifico mas há algo que se conserva dentro do meu peito apesar de para que lado sopre o vento.  Caminhei pelo Aqueduto ora olhando para a vista deslumbrante, ora focando nos meus passos lentos. Em silêncio deixei que a brisa fresca me beijasse e pensei nas singularidades da minha vida. Vou guardando memórias de pequenas conquistas interiores como quem armazena tesouros na sua caixa de jóias. Ando a um ritmo só meu que não pode ser cronometrado. Nem desejo que o seja.

Setembro

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Setembro chegou e a minha mente desanuviou. As manhãs e as noites já começam a ser mais fresquinhas, pelo que se torna apetecível caminhar sem estar sujeita a ondas de calor. Hoje vim mais cedo para Lisboa e apeteceu-me fazer um roteiro diferente. Passei antes pela Alameda e observei a Fonte Luminosa ao longe. Não sou fã de rotinas. Vario entre ginásios, vario entre caminhos de ida e de volta. Mas penso que sou constante na minha inconstância. Há um gosto interno por novidades, por observar coisas novas ou lugares não muito explorados. E olho atentamente tudo o que me rodeia como se fosse a primeira vez. As crianças são assim, naturalmente curiosas e, ainda que a idade nos deva trazer discernimento, acho importante retermos alguma dessa espontaneidade infantil ao longo da vida.                                                     ...