Em jeito de conclusão

Este fim de semana foi desafiante para mim. Tive dificuldade em dormir de Sábado para Domingo. Tenho sentido um cansaço emocional e alguma falta de energia. Acordo exausta com os sonhos que me acompanham, ainda que não me consiga recordar deles.

Aceitar as minhas descrenças não é fácil. Se retiro as certezas, a que me poderei agarrar dentro das minhas dúvidas?

Entre a procura de informação e a partilha de ideias com a minha melhor amiga, acabei por chegar à conclusão de que não há verdadeiramente uma crença nem uma descrença da minha parte. Apenas me sinto saturada desta necessidade constante de validação exterior.

Fui recebida na teia familiar a dizer-me o que deveria ou não de ser ou de fazer. Na adolescência vieram as amizades. Surge aquela primeira noção de tribo que se tornou muito mais marcante na minha idade adulta. A tribo do esoterismo ganhou raízes fundas em mim. Substituí, de certa forma, a família pela NA e a NA por aquele grupo que parecia desafiar as normas, as regras, o convencional. Havia uma singularidade que me fascinava. Quando a singularidade se começou a tornar numa moda, fiquei assombrada. Em 2020 ainda não tinha muita consciência do que estava a acontecer. Acreditei, ingenuamente, que a covid19 abrira-nos a porta à consciência espiritual. Estava errada! 

Até 2012 segui por um caminho. Em 2012 iniciei outro. Hoje recorro ao travão de mão. Preciso de parar. Preciso de respirar fundo. Preciso de estar neste espaço e dar-me tempo antes de prosseguir viagem.



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