40anos
Celebrei recentemente a minha entrada nos 40. A todos os que me perguntaram, respondi que nunca me senti tão em paz como hoje.
Os 20 foram de muita dor. Os 30 trouxeram-me maior consciência. Hoje descubro-me na minha autossuficiência.
Devo dizer que, ao longo da minha vida, e com a exceção daqueles que me acompanham desde o berço, nunca me senti uma prioridade para mais ninguém. Nunca senti que fosse desejada ou amada. Nunca senti que reconhecessem em mim importância tal que causasse no outro temor perante a possibilidade da minha ausência. Julgo que foi sempre demasiado fácil deixarem-me ir, abrirem mão da minha presença, da minha amizade, do meu amor.
Não digo isto com qualquer tristeza. Somos o que somos. Trazemos os nossos desafios e, nesta constante busca pelo equilíbrio, seremos importantes para uns e irrelevantes para outros.
A grande verdade, que soa a cliché sem o ser, é que devemos e temos que ser a nossa própria prioridade. É assim! É dizê-lo sem quaisquer floreados!
Amo essa liberdade em ser eu mesma.
Comentários
Enviar um comentário