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A mostrar mensagens de dezembro, 2021
Final de ano
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Véspera de final de ano. Gostaria de deixar registado algum pensamento mas confesso que não me sinto minimamente motivada. Sinto um cansaço físico e emocional que me faz deitar cedo e ter imensa dificuldade em me levantar de manhã. Tudo o que poderia dizer sobre 2021 ficou escrito ao longo deste blog. Aprofundei-me no xamanismo, descobri o meu poder intuitivo e enfrentei algumas das minhas emoções mais densas. Não foi mau nem bom. Foi o que foi. Retomei algumas das minhas caminhadas e fiz imensa introspecção. Tudo o resto é tão subjectivo que não creio que mereça a menção. Deixo duas fotos tiradas por mim esta segunda-feira, em jeito de conclusão. A primeira mostra uma árvore desnudada. Faz-me pensar na capacidade inata que a natureza tem de se desprender sem medos. Reparem como os ramos das árvores perdem toda a sua folhagem porque sabem que, no momento certo, nasceram novas folhas. A flor da segunda foto foi apanhada por mim em Xabregas. A pobrezinha estava caída no chão mas, ai...
Natal
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O Natal chegou em família, como deve de ser. Doces sem restrições ou peso na consciência e copos bem cheios de tinto. Sou grata por ainda poder festejar com os meus. Este é o lado luz. Na sombra mantenho laços que não quero manter, palavras que não quero proferir, situações das quais desejo, do fundo da minha alma, sair. Talvez seja este o pedido mais verdadeiro que sai de mim em direção ao divino. O desapego, o deixar ir. Que 2022 me solte, me faça mais leve, despreendida. A par disto lembrei-me ontem, a caminho da terra natal, de como sentia pena das vidas que eu não entendia. Hoje a minha vida é semelhante a essas e percebo as falácias do meu pensamento antigo. Não há pena. O ser humano adapta-se às circunstâncias da sua vida mesmo que para os outros, e para si inclusive, possa ser estranho como poderá haver felicidade em certos destinos. A verdade é que há felicidade quando vemos a vida pelo que ela é e não pelo que achamos que deveria de ser. A felicidade é o momento não o prog...
Dear God
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Dear God, please let me be free from bad memories, from the hate and sorrow. Please help me to release my blind expectations. I wanna be free. To look at the sky, to view the trees, to breathe the nature and feel content. I let go of what is not for me and doesn't do me right. I move forward into my destiny. Dear God, thank you.
Tempo
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A sabedoria popular diz-nos que o tempo cura tudo. Se há uma situação que te causa dor o tempo curará. Se há uma lembrança que te causa dor o tempo curará. Na verdade, o tempo não cura. O ser humano é que cresce, muda, evolui, prossegue e adapta-se às circunstâncias que vão surgindo na sua vida. Torna-se mais forte, mais consciente. O seu pensamento muda, as suas emoções mudam, as suas prioridades mudam. O tempo não cura. O tempo dá-nos sim o tempo necessário para nos curarmos a nós mesmos. E a propósito de cura, que curaste tu no último ano? Que estás dispost@ a deixar para trás, a deixar ir, a abrir mão? Que ideias e certezas estás disponível para questionar? Que capacidade desenvolveste em ti para te abrires ao novo?
Braço de Prata, Natal e outros desabafos
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O Natal aproxima-se mas não estou com qualquer espírito da época. Não me maravilho com as ruas iluminadas, não me comovo com as músicas natalícias. Cansa-me o barulho, os supermercados cheios, o consumismo exacerbado. Vejo mais beleza na chuva que cai do que em tudo o resto que se passa diante dos meus olhos. Eu não sou daqui. Digo-o sem qualquer sentido esotérico. Sinto-me uma estranha, uma viajante de fora que já não se esforça minimamente por encaixar no espaço onde veio calhar. No Domingo fui caminhar por Braço de Prata. Por momentos, não vi ninguém. Parei num cruzamento e perante a ausência de gente, fechei os olhos e ouvi apenas o vento que soprava. Não sinto que esses momentos sejam, necessariamente, os melhores da minha vida, mas parecem-me os únicos momentos reais. Se pararmos para pensar, a nossa jornada de alma aqui é quase sempre solitária. Os nossos demónios são os únicos que teimam em não nos largar. Tudo o resto vai e vem, como nós também fluímos no tempo até ao dia em q...
People's pleaser
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Há uns meses chamaram-me de people's pleaser . Soltei um "pois" em concordância. A constatação daquele momento tinha sido validada por mim algum tempo antes. Tenho alguns posts de 2019 e 2020 que mostram o que uma people's please faz quando não quer ser mais uma people's pleaser . Mas comecemos pelo início. Todos nós, sem exceção, queremos amor, amizade, reconhecimento e validação. Por mais que nos digam (e bem!) que esse processo deve começar em nós e por nós próprios, não podemos ignorar o facto de que, enquanto seres sociais que somos, o que vem e quem vem de fora continuam a desempenhar um papel preponderante. Nessa busca pelo amor e aceitação, vendemos de nós a imagem que achamos que nos fará ser aceites. Porém, a vida não se coaduna com o que não seja pela nossa autenticidade, ainda que nos dê o livre-arbítrio de vivermos, quanto baste, dentro ou fora das nossas ilusões. E por isso encontraremos circunstâncias, momentos, eventos, pessoas que nos farão ques...
Ecos
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Ecos da noite! Um quarto de lua a encher! Ela vigia-me, minha Mestre do espaço, guia-me por entre os caminhos que a minha Alma dita. Vou para onde tenho que ir. Vou por onde sou chamada a seguir. Penetro na sombra antes do vislumbre da ténue chama artificial do candeeiro de rua. Os meus passos silenciam-se para que a escuridão comunique os seus segredos. Oiço-os, mas não com os ouvidos. Quando o meu coração aquece, sei que compreendi. Não há palavras! Não há símbolos! Há o sentir o invisível nas fendas do visível, tão mais real é o que sentimos do que o que vemos.
"Render a vontade ao que somos" [Excertos]
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"Quem se entrega à sua natureza íntima, deixando-o dirigir a sua vida, aproxima-se inexoravelmente do seu Ser Superior ou Supraconsciência, self ou Faísca Divina, que está perfeitamente sintonizado com a Totalidade e acaba por viver o êxtase de ser canal da Divindade. Não há dúvida de que este é um caminho de sofrimento do ego que inventará infinitas ilusões para não ser desativado. Precisamos de estar atentos para não perdermos a voz do coração. Neste caso, a dor do ego (1) pode passar quase despercebida perante a plenitude e a gratificação profunda que se obtêm quando nos entregamos à Existência. (...) A fonte da dor não provém de não ser o que pensamos que temos de ser, mas de não querer ser o que realmente somos. Em vez de pôr a vontade no que não somos, a questão é render a vontade ao que somos. A única responsabilidade é ser honesto consigo mesmo neste ponto." Veet Premad (1) - Neste caso o autor interpreta ego como máscara . (Nota 8Alaya) (2) - Imagem: Estátua de Hera
Respiro fundo e fecho os olhos
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Respiro fundo e fecho os olhos. Deixo que o fluxo emocional abrande. Deixo que a mente se acalme. Nada do que sinta, nada do que pense é de facto relevante no mundo da ilusão. O que é importante não está sujeito a regras, a clichés, a inverdades. Busco-me, eu mesma sem acréscimos exteriores que nada acrescentam ao meu interior. Respiro fundo e fecho os olhos. E confio no fluxo da vida, na água dos riachos, no sol cujos raios espreitam por entre os ramos vazios das árvores, no vento nórdico que faz gelar a ponta do nariz. E imagino cada projeção, cada insegurança, cada carência a descer até aos meus pés e a ficarem no chão por onde passei mas de onde não passarão. Sei-o porque a Terra é minha mãe, o Céu é o meu pai e a Lua minha irmã. Estou de passagem e um dia voltarei a casa, despida de tudo o que não é e plena de tudo o que sempre foi.
Retorno
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Vim passar uns dias de férias. O voltar à família faz-me crer que há coisas que não mudam. Por um lado, agradeço pelo que tenho. Por outro, acabo por encontrar sempre a minha menina interior, e isso não é fácil. Está nela o meu passado, o meu Eu que queria crescer rápido de mais, mas que encontrou um processo moroso. Cronos é implacável. Há que aceitar com a mesma maturidade que ele próprio exige. O seu frio estrutura o meu ser interior e, se bem que o calor da estação em que a minha alma escolheu nascer tente entrar, encontra frequentemente barrada o seu trajecto. A vida puxa-me de sul para norte e eu bem tento ir, mas quase sempre com pouca vontade. Nos últimos meses, e em diversas circunstâncias, vi espelhadas partes de mim que tive dificuldade em reconhecer. Sou isto mas quiçá preferisse ser aquilo, não sendo propriamente claro o que é "isto" e o que é "aquilo" e qual a diferença entre ambos. É o meu eterno retorno a uma velha questão de querer definir e assumir...
Dia 21
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Vou contar-vos uma história. Imaginem uma criança que, por circunstâncias da sua vida, cresce a achar que quanto mais der de si mais receberá. Imaginem uma criança que deseja tanto o amor e a aceitação dos outros que veste a imagem da "boa menina". Quando cresce, esta "boa menina" mantém esse padrão, não só dirigido aos familiares mais próximos, mas também aos primeiros amores. A disponibilidade, amabilidade, gentileza, compreensão, parecem-lhe ser o que tem de existir em si mesma para que os outros a vejam. Até que um dia a vida confronta-a com outra possibilidade. Aqueles que usam uma máscara quase oposta à sua vão conseguindo aquilo que ela sempre desejou ter mas que nunca conseguiu, apesar de usar a máscara que ela considerava ser a certa para almejar conquistar os seus intentos. Nesse dia, ela recolhe-se, retira a máscara gasta pelo tempo, segura-a entre as suas mãos, enquanto uma lágrima lhe escorre pelo rosto. O coração dói-lhe. Decide colocar uma nova....
Dia 20
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Dia 20, véspera de Sábado, véspera do dia 21 dos meus registos. Supostamente são precisos 21 dias para implementar novos hábitos. O desafio a que me propus ficou logo pelo caminho, mas como confio imenso na vida, deixei que os dias seguissem o seu rumo natural para a eventual aprendizagem do que me fosse necessário. Cheguei então ao dia 20, dia de reflexão sobre O Pendurado pela voz e conhecimento do fantástico Veet Premad. Recebo estas partilhas como eletricidade que me desperta e me acorda ! Sugiro este estudo a todos, até para descrentes no tarot, desde que não sejam descrentes da vida.
Dia 19
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Quem és tu? Quem és tu que vens no frio da madrugada? Quem és tu que te lembras de estradas de terra batida e de um tempo noturno em que olhavas para o céu? Quem és tu que te despes, te desmaquilhas e te despojas do que sabes não ser teu? Quem és tu que abandonas a máscara? Quem és tu que vives, morres e voltas a viver? Quem és tu que pedes tréguas à mente e dedilhas com os dedos as palavras que vertem do coração? Quem és tu que te curvas e reverencias a terra de onde foste soprada? Quem és tu que sobe aos cumes da árvore sagrada e estica os dedos em busca da mão de Deus? Quem és tu que quando não sabe sente? Quem és tu que quando não sente intui? Quem és tu que quando não intui é? Quem és tu?