Espiral

Costuma-se dizer que depois da tempestade vem a bonança.

A tempestade não tem de ter a força de um furacão para nos derrubar. Às vezes apenas o vento sopra com mais força do que aquela a que estamos acostumados e sentimos todos os andaimes da nossa estrutura a abanar.

Vou já começar por dizer que isto é bom porque é necessário. Não são as facilidades da vida que nos fazem crescer, mas aquele chocalhar imaginário como se alguém nos agarrasse pelos braços e nos abanasse enquanto pergunta: “Já percebeste?”

Um dos conselhos mais produtivos que ouvi na minha vida foi talvez quando me sugeriram “fazer diferente.” Atenção, não é fácil, mas para mim é uma boa ideia a ter presente.

Se constantemente sentes que não consegues, faz diferente.

Se achas que nunca acertas, escolhe diferente.

Se os caminhos que segues levam sempre aos mesmos resultados, vai por um caminho diferente.

Se vives agarrado ad eternum às mesmas ideias, pensa fora da caixa, revê os teus critérios, indaga e questiona até que ponto o que pensas é teu ou é dos outros.

Se não escolhermos mudar em consciência, nada muda. E é quando nada muda, ou parece não mudar, que mais facilmente incorremos no risco da vitimização e, pior do que isso, na autossabotagem.

Considero a dor como algo legítimo. Temos direito às nossas lágrimas e temos todo o direito do mundo e do universo a chorá-las. Até é bom que o façamos, mas sem nos tornarmos reféns da mágoa e do desespero.

Está um dia lindo de sol!

Saiam, andem por essas estradas, sorriam, sentem-se numa esplanada a beber uma imperial, apreciem a oportunidade que é viver. Um dia tudo findará. Tudo o que hoje nos parece um drama, não terá mais qualquer relevância. Não interessará quem magoou quem, quem disse o quê, quem fez o quê, quem devia ou não devia ter feito o quer que seja…  

Acima de tudo, nunca deixem a vossa felicidade em mãos que não sejam as vossas. Acredito que esse é o maior ato de liberdade.

(Foto minha tirada há uns meses no Chapitô)



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