Yoga Sutras
Os Yogas Sutras são uma obra recomendada para todos os praticantes de yoga.
Lembro-me a primeira vez que tentei entender os conceitos do ashtanga yoga que se encontram lá
explanados e não percebi nada. Achava que tinha de saber de cor os
yamas e os niyamas como se isso me tornasse numa yogini melhor. Tudo vem
no momento certo e isso inclui a compreensão.
Recomendo a reflexão deste percurso óctuplo para todos, não só para quem gosta ou pratica yoga.
Os primeiros dois degraus remetem para questões éticas e morais. Fazem-nos pensar na relação com os outros e connosco próprios.
Não
é minha intenção apelar a uma santidade interior, mas sim a uma
sanidade interior. Não acho que devemos ser todos bonzinhos e
perfeitinhos. Tenho, contudo, percebido
que todos nós pretendemos ser felizes e grande parte da nossa sensação
de felicidade advém da sensação de paz interior. Este conhecimento pode
ajudar-nos nessa demanda.
Resumidamente os cinco yamas e niyamas são identificados da seguinte forma:
- Ahimsa: Não violência
- Satya: Verdade
- Asteya: Não roubar
- Brahmacharya: Celibato
- Aparigraha: Não apego
- Saucha: Pureza
- Santosha: Contentamento
- Tapas: Auto-disciplina
- Svadhyaya: Leitura dos textos clássicos, estudo e reflexão
- Isvara pranidhana: Devoção a Deus
Estes
princípios podem parecer difíceis de concretizar e, portanto, não
realizáveis para o comum mortal. Não obstante, podemos encará-los de uma
forma mais acessível se seguirmos duas linhas de pensamento.
Primeiro, tentarmos entender o que cada um quer efectivamente
dizer. Com esse entendimento é mais fácil discernir sobre como
aplicá-los na nossa vida de forma realista. Por outro lado, podemos
desafiar-nos a trabalhar apenas um destes princípios durante um tempo.
Exigência em demasia não traz frutos. É muito mais benéfico e produtivo
dar passos pequeninos. O caminho é árduo mas o verdadeiro caminhante sabe que o caminho só se faz de uma forma, a caminhar.
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