Leituras
Um destes dias, enquanto
esperava por uma amiga, entrei numa livraria e encontrei um livrinho pequenino,
escondido num canto, que alegremente viria a enriquecer a minha biblioteca.
Tem sido um prazer lê-lo
e refletir sobre os seus ensinamentos associados ao Zen e ao Vedanta. Assumo cada ideia e pensamento como questões de bom senso e fico feliz, e até aliviada, por saber que os mesmos são validados pela razão e pela lógica.
Já há muito me
interrogava sobre como se equilibra os dois lados do ser
humano: aquele lado virado para cima, para o céu, para a espiritualidade, e
aquele lado voltado para baixo, para a terra, para as coisas mais mundanas.
A vontade de
conhecimento, de procura, de desbravamento interior, torna-nos mais recetivos a
viver a espiritualidade. Mas isso não anula os desejos, caprichos, vontades, fragilidades, imperfeições.
Onde começa, de facto, a renúncia? Ou, a que devemos nós renunciar? Se alguma coisa sequer...
A imagem do falso beato
provoca-me azia e cada vez admito que é mais digno assumirmos quem somos, com o
bom, o mau e o péssimo, do que tentarmos transmitir uma imagem que só fica
bonita no perfil do Facebook.
Escreve assim Arnaud Desjardins, para deleite dos meus olhos: "Se quisermos que a via nos transforme, todos os aspetos da nossa existência devem ser integrados, incluindo as partes de nós próprios de que não gostamos, de que temos vergonha. Ou entrareis inteiro no Reino dos Céus, ou não entrareis. Nunca chegareis a nada se não começardes por vos reunificar."
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