"Não estejais inquietos por coisa alguma (...)"

Há uma crescente aceitação da minha parte relativamente a quem sou e às circunstâncias da minha vida. Consigo reconhecer que não sou como se calhar gostaria de ser e nem a minha vida é como eu sei que gostaria que fosse. Mas aceito. Aceito como uma constatação de algo, até certo modo, inevitável. Como olhar para um carro e reconhecer que ele é branco. Não interessa se eu gostaria que ele tivesse outra cor. Não interessa se eu gosto da cor branca ou não. Ele é branco.
Acho que, mais ou menos, isto vai acontecendo com toda a gente. O parar de lutar contra o que é. E é bom - creio eu! - que haja essa aceitação porque remar contra a maré é, na grande maioria dos casos, infrutífero.

Reparei ontem que há coisas que eu não peço a Deus. Sei que elas acontecerão se tiver de ser ou não acontecerão se não tiver de ser, mas será que eu consigo reconhecer, de forma verdadeiramente honesta, o que eu desejo para mim? Será que eu sei mesmo o que eu quero, o que eu desejo, o que é melhor para mim? Nos últimos tempos tenho preferido deixar tudo nas mãos Dele. E isso traz-me paz. Não se trata de me acomodar mas sim de me concentrar mais no presente, em confiança, do que viver em estado de ansiedade constante a especular sobre o meu futuro.


Não estejais inquietos por coisa alguma, antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas, diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças; E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos, em Cristo Jesus. 
(Filipenses 4:6-7 ARC) 


P.S. Foto tirada no Museu da Marinha (03/11/2024)




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