Viagens
Tenho vontade de escrever, deixar que os meus dedos produzam as palavras necessárias. Mas, a bem da verdade, não sei quais são as palavras necessárias e não me apetece muito falar/descrever o meu dia-a-dia.
[[Esta foi a semana em que o Hamas atacou Israel, um assunto que merece e tem merecido profunda reflexão mas que não me apetece partilhar.]]
A nível bastante pessoal tomei duas decisões. Saí da rede social Facebook, o que para mim é uma enorme conquista. Por outro lado, entendi por fim que o Parque da Bela Vista pode bem ser o espaço ideal para mergulhar mais profundamente em mim. Não quero explicar melhor do que isto. É um caminho de passagem essencial...
A par disto, fico feliz por ter descoberto uma escritora polaca fantástica que traz uma escrita que muito me encanta. Ela leva-me a passear, a caminhar pelas suas Viagens e é com um excerto das suas viagens que quero terminar este post:
“Regressou por caminhos
sinuosos, por mares periféricos, pelos mais apertados estreitos e pelas mais vastas
baías. Chegado à foz de um rio, avistava o mar aberto e preparava-se para
embarcar num navio que o levasse até casa, mas se, de repente, surgisse uma
nova oportunidade – na maioria das vezes, em direcção contrária – pensava melhor
e aproveitava-a. Quando reflectia sobre isso, chegava geralmente à conclusão de
que, naquela situação, o velho argumento era o mais indicado: a Terra é
redonda; logo, não nos apeguemos demasiado às direcções a seguir. Tal era
perfeitamente compreensível para alguém que não tinha raízes e tratava cada movimento
como um regresso a algo, já que nada atrai tanto como o vazio.”
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